João 20

A Ressurreição de Jesus

1 – No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida.
2 – Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.
3 – Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro.
4 – Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro;
5 – e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou.
6 – Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis,
7 – e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.
8 – Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
9 – Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.
10 – E voltaram os discípulos outra vez para casa.
11 – Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo,
12 – e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés.
13 – Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14 – Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus.
15 – Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
16 – Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!
17 – Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.
18 – Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe dissera estas coisas.
19 – Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
20 – E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor.
21 – Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
22 – E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
23 – Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhes retiverdes, são retidos.
24 – Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 – Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.
26 – Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
27 – E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
28 – Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!
29 – Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.
30 – Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.
31 – Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

João 20:1-31

Autoria – Autoria deste Evangelho não informa seu nome, mas se identifica como o discípulo a quem Jesus amava (21:20), ele foi testemunha ocular de Jesus Cristo (1.14), também estava na última ceia.

Data – Por volta de (90 -100 d.C ) provável foi redigido nos últimos dia de sua vida, morreu na última década do século 1º d.C.

Tema – Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Deus encarnado enviado pelo Pai para dar a vida eterna a todos que o Pai lhe entregou.

Propósito – Chamar as pessoas para a fé em Jesus Cristo e assim para vida eterna (20:30-31). João escreve para defender a fé cristã contra a heresia chamada gnosticismo. Contribuição de João a revelação redentora. O Evangelho de João é claramente distinto dos outros três sinópticos, ele é um complemento dos três, lança uma luz maravilhosa sobre a pessoa celestial, gloriosa do SENHOR JESUS. O Evangelho de João abunda coisas profundas de Deus.

O Evangelho de João contêm uma declaração de sublimidade incomparável sobre a natureza divina de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é, acima de tudo, quem João quer dizer quando fala da “Palavra”. Sem dúvida, há alturas e profundidade nessa declaração que estão muito além do entendimento do homem. (J. C. Ryle)

O nosso Senhor Jesus Cristo é eterno. João nos diz que no “princípio” era a Palavra. Ele não começou a existir quando os céus e terra foram feitos. Muito menos quando o Evangelho foi trazido ao mundo. Ele teve glória com o Pai “antes que o mundo existisse”, (Jo 17:5). Ele existia quando a matéria foi criada e antes do tempo começar. Ele era “antes de todas as coisas”(Col 1:17). Ele era toda eternidade

Jesus de Nazaré é tanto Deus como Homem (1.1, 14). Ele demonstrou sua glória por meio de milagres (2:11) 11:39-40) e por meio de seu poder de ressuscitar dentre os mortos ( 10:17-18 20:1-31). Ele revelou sua identidade ensinando que é o Filho num relacionamento único com o Pai, de modo que eles compartilham a mesma essência, do mesmo poder e conhecimento e da mesma vida divina. Sua glória é igual, a sua majestade co-eterna, e ainda a sua Divindade.

Senhor Jesus Cristo é muito Deus. João nos diz que “Palavra era Deus”. Ele não é apenas um anjo criado, ou um ser inferior a Deus Pai.

O Senhor Jesus Cristo é o Criador de todas as coisas, João nos diz que por Ele foram feitas todas as coisas, e sem Ele nada do que foi feito se fez. (Jo1.3)

aprendemos, finalmente, que o Senhor Jesus Cristo é a fonte de toda vida e luz espiritual. João nos diz que ” Nele estava a vida e a vida era luz dos homens”

Tema – Jesus é o Cristo , o Filho de Deus, o Deus encarnado enviado pelo Pai para dar vida eterna a todos que o Pai lhe entregou

João capítulo 20 – A Ressurreição de Jesus.

1 – No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida.
2 – Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram
.

V. 1- 2 – Túmulo de Jesus foi aberto de dentro para fora, Jesus arrancou o aguilhão da morte e matou a morte ao ressuscitar dentro os mortos.

Primeiro dia da semana, o dia do Senhor, Maria Madalena aparece sozinha no evangelho de João, ela foi ao sepulcro de madrugada, e ao ver a pedra removida, correu ao encontro com Pedro e o discípulo amado para dar-lhe a notícia.

Correu com urgência , Maria não supôs que Jesus tivesse ressuscitado , mas que seu corpo tivesse sido removido por alguém.

3 – Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro.
4 – Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro;

Os dois discípulos correra, deixando Maria para trás, João deixou Pedro para trás, talvez por ser mais jovem, os discípulos conheciam a verdade, poderiam está alegres , porém, estavam com medo.

5 – e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou.
6 – Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis,
7 – e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte.

O discípulo amado de Jesus, abaixou-se olhou para dentro, mas não foi mais adiante. Pedro, mais ardente e zeloso, impulsivo, não se contentou e entrou no sepulcro e ver com seus próprios olhos, os corações de ambos, neste momento crítico, estavam cheios de esperanças, medos, ansiedade e expectativas, todos entrelaçados. Pedro entrou e viu melhor as vestes estavam amontoadas, o lenço da cabeça ele observou que estava bem dobrado em um lugar à parte contradiz caso o corpo tivesse sido levado pelos ladrões de sepulcro, em sua pressa, não se demorariam para dobrar.

A fé firmada de João

8 – Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
9 – Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.

V. 8 João juntou-se a Pedro observou a cena e creu que Jesus ressuscitou, sua fé na ressurreição estava nascendo.

V. 9 Não compreendeu a importância da ressurreição como cumprimento do plano revelador de Deus. (não tinha compreendido as Escrituras).

10 – E voltaram os discípulos outra vez para casa.

11 – Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo,

V, 10-11 Os discípulos voltaram para casa, conforme Lucas estavam maravilhados com que tinha acontecido, não estava acreditando. Maria Madalena permaneceu no local junto ao túmulo , chorando de tristeza com a morte e o desaparecimento do corpo do Senhor.

12 – e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés.

Viu dois anjos –  Ela sabia que aqueles eram anjos por suas vestes brancas e brilhantes. Mateus e Marcos mencionam apenas um anjo – provavelmente aquele que falou, João 20:13 .

Um na cabeça e outro nos pés – Assim foram colocados os querubins em cada extremidade do propiciatório: Êxodo 25:18 , Êxodo 25:19 Adam Clarke

13 – Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14 – Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus.

15 – Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.

Nenhum evangelista foi tão inspirado para registrar a narrativa sobre os relatos das aparições de nosso Senhor depois que Ele ressuscitou dos mortos. Nenhum foi tão afetivo e tocante como este. Nosso Senhor disse: Mulher, por que choras? Ela ainda estava chorando, como se nada pudesse consolá-la, nosso Senhor falou para ela, “mulher”, a sua queixa era a mesma, eles levaram o nosso Senhor, não sei onde o colocaram. No entanto, todo esse tempo nosso Senhor ressuscitou e estava ali, do lado dela, tudo isso era desnecessário, se ela tivesse crido nas palavras do nosso Senhor, suas lágrimas , como Hagar no deserto ela tinha um poço de água ao seu lado, mas não tinha olhos para ver. Maria poderia ter chorado se tivesse encontrado o selo túmulo inteiro com corpo do nosso Senhor frio por dentro. A própria ausência do corpo que fez chorar, foi um sinal para bem e uma causa de alegria para ela e toda humanidade.

V. 13 – Maria Madalena havia esquecido que o Senhor havia dito. ( e não sei onde o puseram), esqueceu que Jesus tinha falado da ressurreição.

V. 14 – Não sabia que era Jesus

Maria ficou tão imerso na tristeza que prestou pouca atenção à pessoa de nosso Senhor e, portanto, a princípio não percebeu que era ele; nem podia imaginar tal aparência possível, pois não tinha ideia da ressurreição dele dentre os mortos. Ela estava, portanto, despreparada para reconhecer a pessoa de nosso Senhor.

16 – Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!
17 – Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.

Jesus disse: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai , sem dúvida a linguagem é um tanto misteriosa, deve ser tratada com delicadeza e reverência. No entanto é razoável supor que a primeira surpresa é a reação de grande tristeza a qual ela se encontrava e passou a grande alegria, era mais do que a mente de Maria poderia suportar, ela era apenas uma mulher, embora uma mulher santa e fiel, é altamente provável que, o primeiro excesso de alegria de se atirar nos pés do nosso Senhor e fez maiores demonstrações de sentimentos do que os que aparentavam ou se tornavam. Muito provavelmente ela se comportou muito como alguém que achava que tudo deveria estar certo se ela tivesse a presença corpórea de seu Senhor, e tudo deveria estar errado em Sua ausência corporal. Este não foi o maior estilo de fé. Em fim ela agiu, em resumo, como alguém que esqueceu que seu Mestre era Deus, assim como homem. Fez muito pouco da sua divindade e da sua humanidade.

E, portanto, ela invocou a suave repreensão de nosso Senhor: “Não me toques” não necessidade dessa demonstração excessiva de sentimentos. Ainda não subindo ao meu Pai por quarenta dias, não deve ficar aos meus pés, e sim, dizer aos meus irmãos que eu ressuscitei. Ao longo desse Evangelho, Jesus chamou Deus de Seu Pai e mostrou sua relação única com ele. Agora depois de ressurreto chama os discípulos de meus irmão e diz que seu Deus é também Pai de seus discípulos.

William Hendriksem diz, com acerto, um novo relacionamento – a comunhão no Espírito, que está para ser derramado, requer um novo nome, um nome mais íntimo do que o belo nome de amigos. Os irmão pertencem a mesma família, eles tem muito em comum, compartilhou a mesma herança, consequentemente todo crente verdadeiro é um co-herdeiro com Cristo (Rm 8:17).

18 - Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe dissera estas coisas.

Maria não discute, sai rapidamente a anunciar aos discípulos que viu e ouviu.

Jesus aparece aos discípulos

19 – Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!

20 – E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor.

Primeiro dia da semana, Jesus apareceu aos discípulos pela primeira vez, Sua ressurreição aconteceu no primeiro dia da semana(Mt 28.1). A mudança do sétimo para o primeiro, foi desde o principio, decorrente da fé e de testemunhos dos primeiros cristãos.

Portas trancadas, os discípulos estavam com medo dos judeus, devido ao ocorrido com seu Mestre eles estavam perturbados, sem paz, com dúvidas e incertezas, sem a presença de Jesus.
“Paz” era o assunto geral que Cristo pregou continuamente por três anos, foi um grande legado que Jesus deixou, sua primeira palavra após Sua ressurreição junto aos discípulos. A paz, podemos dizer seguramente, foi pretendida por nosso Senhor como a chave para o ministério cristão. Aquela mesma paz que estava continuamente nos lábios do Mestre era grande assunto do ensino de Seus discípulos.

V, 20 Diante do testemunho ocular do Cristo vivo, os discípulos se alegram.

21 – Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
V. 21 Jesus oferece os discípulos a paz e dá a eles um comissionamento, assim como o Pai lhe envio, Jesus envia os discípulos. No cumprimento de sua missão, amar nossos irmãos, servir e levar a mensagem da salvação.

22 – E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
23 – Se de alguns perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; se lhes retiverdes, são retidos.

Jesus após ter feito a comissão, sopra sobre eles o Espírito Santo, dando-lhes capacitação e poder. No cumprimento da promessa do Pai, haveria de ter o derramamento do Espírito, na descida definitiva do Espírito para estar para sempre com a igreja. ( Atos 2). Jesus comissionou Seus discípulos a entrar em todo o mundo, e pregar o Evangelho como Ele havia pregado, os pecados foram perdoados e cujos pecados não foram perdoados. Que isso é precisamente o que os discípulos fizeram conforme livro de Atos. Pedro proclamou aos judeus: Arrependa-se e converta-se, eles estavam abrindo a porta da salvação com autoridade.

24 – Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
25 – Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.

Na primeira aparição de Jesus Tomé não estava presente. Quando os discípulos informaram que viram o Senhor Jesus, Tomé duvidou, foi incrédulo, para ele a morte era o fim, Tomé não havia compreendido as palavras de Cristo.

26 – Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!
27 – E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.

V. 26 – Da primeira aparição, oito dias depois, Jesus volta a se apresentar a seus discípulos, desta vez Tomé está presente, estando as portas trancadas, disse-lhes: Paz veja verso 19

V. 27 Aqui Cristo veio graciosamente para convencer Tomé, oferecendo evidências o que Tomé pedia.

28 – Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Senhor meu e Deus meu, assim como esse Evangelho declarou que Jesus é Deus, ele alcança seu climax na confissão de Tomé da divindade do Senhor ressurreto. Apesar de Cristo ser homem verdadeiro, com corpo e alma, Ele é também Deus.

29 – Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. Jesus elogiou aqueles que creram no seu Evangelho, a fé repousa não em milagres observados, mas no testemunho divino da Palavra de Deus. Jo 3:33

30 – Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.
31 – Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo,
o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

O evangelista João destaca a verdade a respeito a divindade de Jesus, com o propósito de introduzir os leitores do seu Evangelho a Jesus Cristo, mostrar quem Jesus é (Deus em carne) e o que fez. O único objetivo de João era guiar as pessoas a abraçarem a obra salvadora de Cristo através da fé. Quando entendemos isso, somos mais capazes de entender por que João apresenta Jesus como “A Palavra” (ou Verbo João 1:1)

Deus abençoe!

Oração: Pai Santo, Pai Glorioso, Criador de todas as coisas, graças te dou por permitir Pai que o Teu Santo Espírito abra o nosso entendimento a respeito a Tua Palavra que é a verdade, perdão meu Deus pois as vezes não consigo discernir sem ajuda dos nossos irmãos, ensina-me Pai a viver na Tua presença, receba toda honra e toda glória, oramos em nome no Senhor Jesus,

baseado estudo de Joao J.C. Ryle, estudo bíblico reformado, comentário – Hernandes Dias Lopes

1 Coríntios 15

1 Coríntios 15 1-58

1 – Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais;
2 – por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão.
3 – Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 – e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
5 – E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.
6 – Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem.
7 – Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos
8 – e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.
9 – Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.
10 – Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
11 – Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes.
12 – Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13 – E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou.
14 – E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;
15 -e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.
16 – Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 -E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 – E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19 – Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
20 – Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
21 – Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
22 – Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23 – Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
24 – E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
25 -Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.
26 – O último inimigo a ser destruído é a morte.
27 – Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou.
28 – Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
29 – Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?
30 – E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora?
31 – Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
32 – Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
33 – Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
34 – Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa.
35 – Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm?
36 – Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer;
37 – e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente.
38 – Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado.
39 – Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes.
40 – Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres.
41 – Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor.
42 – Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória.
43 – Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder.
44 – Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.
45 – Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.
46 – Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual.
47 – O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
48 – Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
49 – E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
50 – Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
51 – Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
52 – num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 – Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
54 – E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.
55 – Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
56 – O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
57 – Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
58 – Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.

Oração: Pai Santo, glorioso e eterno, te agradecemos pela a iluminação do teu Santo Espírito para que conhecesse melhor a tua palavra através do estudo, te pedimos perdão pelos nossos pecados, te pedimos sabedoria e humildade, te agradecemos por Jesus morrer por nós mesmo sem merecermos nada, hoje sabemos e cremos que todos os que são de Cristo ressuscitarão para vida eterna. Aleluia! Oro em nome do Senhor Jesus.

Resumo do contexto histórico de Corinto

O apóstolo Paulo relata em (16:8) que escreveu sua carta quando estava em Éfeso durante sua terceira viagem missionária 53-57 d.C. Paulo chegou a Corinto depois de sua visita a Atenas(At 17:16-34), algumas informações importantes sobre a fundação da igreja de Corinto, durante sua segunda viagem missionário ( 50-52 d.C; At 18:1-11), havia uma experiência renovada em sua mente a convicção da tolice da sabedoria humana . Primeiro, evidentemente, este incidente com os filósofos atenienses havia aumentado a determinação de Paulo para a pregação da mensagem simples da cruz, não importando quão ofensiva fosse considerada por alguns (2:1-5). Segundo, com o apoio de um casal cristão influente, Áquila e Priscila (16:19) Paulo pregou na sinagoga e seu ministério aos gentios. Terceiro , a congregação cristã em Corinto, composta de judeus e gentios, floresceu dramaticamente. (At 18:8-10). Finalmente, o ministério de Paulo em Corinto foi razoavelmente longo.Paulo tinha razões para esperar que os cristãos Coríntios tivessem um pouco de maturidade espiritual.

Paulo resolveu plantar essa igreja de Corinto, por que era das maiores cidades do mundo romano e uma das mais corruptas (Atos 18:1) uma das mais importantes da época, onde tinha dois importantes portos. Corinto era uma cidade grega, ficava próximo de Atenas, capital da Grécia; para o apóstolo Paulo evangelizar a cidade Corinto era uma questão de estratégica, sendo uma cidade cosmopolita, cheia de novas idéias, grandes filósofos e pensadores, Paulo entendia que o Evangelho poderia mudar a cosmovisão da cidade.

Também a cidade era conhecida por ser uma das mais depravadas, a prostituição aflorava por conta da deusa Afrodita, considerada deusa do amor; e o homossexualismo influência do deus Apolo, onde induzia a juventude de Corinto a se entregar ao homossexualismo.

Filosofia grega – A igreja de Corinto começou a abandonar a fé, e substituir pela filosofia grega. Essa filosofia acreditava na imortalidade da alma, mas não na ressurreição do corpo. Os gregos acreditavam no “dualismo”, onde o espirito era bom, mas a matéria era má, eles se inclinavam para o ascetismo ou hedonismo.

“imaginava que o espírito desencarnado do homem atravessava as esferas planetárias para finalmente abandonar cada parte da existência em carne e osso do homem, até a sua consciência e raciocínio”. Essa abordagem grega estava baseada no conceito de que a matéria, ou a substância material, era a origem de todo o mal. Assim sendo a doutrina da ressurreição é algo desprezível aos olhos daqueles que eram influenciado pelos pensamentos gregos.

V. 1-2 Capítulo 15 começa com apóstolo Paulo lembrando quando pregou o Evangelho em Corinto quando esteva lá, o Evangelho não mudou, vocês receberam de todo coração, creram em Jesus Cristo. Paulo tinha necessidade de falar da ressurreição dos mortos, porque havia algumas pessoas que em Corinto falando que não tinha ressurreição dos mortos, ou seja negava,v.2 por ele também sois salvos Se Cristo não tivesse ressuscitado, não teria como salvar ninguém.

V. 3/11 Evidências para ressurreição

v. 3 Entreguei o que também recebi, a Palavra que Paulo pregava não resultava de seus próprios pensamentos, mas da realidade que ele havia recebido: o conteúdo de sua pregação era a história do Cristo que o comissionara a pregar. Vale lembrar que, apesar de ter iniciado o trabalho cristão em Corinto, Paulo sofrera terrível oposição de algumas pessoas que se opunham a seu trabalho, considerando-o em plano inferior. A resposta do apóstolo apresenta a filosofia de sua pregação. Sua presença entre eles objetivava unicamente anunciar o evangelho, o que ele soube fazer com simplicidade, no poder do Espírito Santo, para que a fé que eles tinham fosse firmada no poder de Deus (1Co 2.1-5)

1

V. 3-4 Cristo morreu pelos nossos pecados diz as Escrituras, se Cristo não ressuscitou seria tudo em vão, tudo estava profetizado, Jesus ressuscitou conforme as Escrituras.

V. 5-11 A ressurreição de Cristo foi visto por várias testemunhas. Pedro, Tiago e pelo os doze, também mais de quinhentos de uma só vez. Se estivesse falando uma inverdade, seria pego na mentira. Paulo disse: Cristo foi visto por mim o último dos apóstolos. A ressurreição tem provas incontestáveis v.5-8. Ainda a vida dos discípulos após a ressurreição de Jesus, os levantou como homens ousados.

Os céticos tem atacado essa doutrina, alegando que Cristo chegou a morrer, e que os discípulos furtaram o seu corpo.

V.12-13 Se que se prega é isso porque tem entre vocês um grupo que afirma que não há ressurreição dos mortos? Se nós negarmos que os mortos não ressuscitam, com isso vai negar a ressurreição de Cristo? Seria possível desvincular a ressurreição de Cristo com a ressurreição dos mortos? Resposta: Absolutamente não.

Negar a ressurreição de Cristo implica em:

  • Se Cristo não ressuscitou o ministério dos apóstolos foi em vão. v.14
  • Somos todos falsos testemunhas de Deus v.15
  • Paulo é enfático: Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis em vossos pecadosv17
  • Se Cristo não ressuscitou, a sua morte não foi vicária, e por isso ainda estamos perdidosv,18
  • Se Cristo não ressuscitou, não há a bem aventurança eterna.
  • Somos os mais infelizes de todos os homens. Paulo conclui : Se a vossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida v.19
  • Se Cristo não ressuscitou o crente é a pessoa mais infeliz v.19
  • Se Cristo não ressuscitou somos pessoas enganadas.
  • Se Cristo não ressuscitou, então, comamos e bebamos porque amanhã morreremos.

Cristo é o primeiro da ressurreição dos mortos

V.20 Mas de fato, Cristo ressuscitou dentro os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Primícias, aqui é feito uma comparação a sistema de colheita daquela época, os primeiros frutos anunciam a colheita. A ressurreição de Cristo garante que a ressurreição dos crentes certamente se seguirá. Dormem, lembrando que se refere aos que estão mortos. Da mesma forma que os primeiros frutos estão ao ligados a colheita toda, a ressurreição de Cristo está ligado a nossa.

V. 15:20-22 Paulo dá a justificativa para a ressurreição dos mortos: Cristo é as primícias dos que dormem. Ele é primícias nos três sentidos já mencionados sob ad 20. Como outro argumento servem ainda a tipologia de Adão e Cristo (v 22) e as citações de Sl 110.1 (v 25) e Sl 8.7 (v 25 e 27). Através de Adão todos morrem e através de Cristo todos serão ressuscitados. Em Adão estamos caídos e sob maldição, em Cristo somos participantes da vida. Um representante (Adão) caiu toda sua descendência foi imputado, Deus mandou um outro representante Jesus Cristo, não de toda humanidade mas do seu povo, por onde ocorreu a imputação de nossos pecados em Cristo. Por Adão veio a morte, em Cristo veio a ressurreição para vida eterna. Aleluia !

V.15 25-26 Convém que ele reine. Cristo está reinando agora e continuará a reinar até que todos os inimigos estejam debaixo dos seus pés, ( Gn 3.15 Sl 110 )incluindo no final a própria morte.

V. 27 Aplica a forma humana, pois a conexão que Paulo dá em ressurreição com exaltação dá a certeza que se diz na obra mediadora de Cristo como servo, de maneira que vemos a ideia subordinou ao Filho toda criação, porque através da ressurreição, ele reconciliou o céus e terra ( Cl 1:20).

V. 28 Assim fica evidente que ressurreição dos mortos é nada menos que a revelação do senhorio de Deus, o domínio de Deus. Deus reina através do Cristo vivo já hoje e reinara em gloria e majestade no fim, quando Cristo entregar o reino ao Deus e Pai (v. 24). Pois, então, a história de Deus com o mundo chegará a sua finalidade. Então, Deus será tudo em todos, será honrado por todos, reinara em majestade. Então, o primeiro mandamento chegara a sua finalidade. Deus será tudo em todos os homens e em todas as coisas. Isto será eternidade, será o novo mundo de Deus, sem pecado, alienação ou morte. Então a vontade de Deus será feita. Então não haverá mais a discrepância entre tempo e eternidade.

V. 15:35-58

Depois de falar sobre a realidade da ressurreição, Paulo agora explica o “como” da ressurreição. Como a ressurreição pode ser a realidade? Esse foi o maior problema que alguns dos coríntios aparentemente não conseguiram resolver. Paulo começa usando a metáfora da semente. A semente, por todas as aparências, está morta. Como o corpo humano na morte, ela é plantada no solo. É semente – uma semente pequena e dura, que não tem nenhuma semelhança com a planta que está por vir. Mas Deus, a fonte de toda a vida, faz com que essa semente cresça. E o que essa semente se torna não é algo diferente; a semente não é completamente transformada em algo inteiramente novo. Mas o que se torna é algo muito maior do que era.

E assim acontece a ressurreição do corpo. Quando morremos, nossos corpos são semeados no solo – somos semeados em desonra. Nossa vida natural é terminada. Nossa alma é separada do nosso corpo. Nosso corpo físico frágil e fraco morre e eventualmente retorna à poeira da qual fomos levados. Mas nos versículos 42 a 44, Paulo destaca uma série de contrastes. O que foi semeado, nosso corpo “natural,” era perecível – mas se torna imperecível. Foi semeado em desonra, mas será ressuscitado em glória. Foi semeado em fraqueza – mas será elevado em poder. Foi semeado um corpo natural – mas será recriado como um corpo espiritual. Uma grande transformação ocorre.

Mas como a semente que germina e cresce numa planta, é uma transformação, e não a criação de algo completamente novo. Podemos ver isso em versículo 54:

“E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é moral se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” v. 54

Em Filipenses 3:21, Paulo diz, [O Senhor Jesus] transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.

Transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. O nosso corpo corruptível vai se revestir da incorruptibilidade, como uma mudança de roupa. Vai haver continuidade com o que somos agora, mas haverá também uma mudança incrível, quando a ressurreição é realizada.

Agora sofremos a fraqueza desta vida, irmãos, e por isso isto é uma esperança preciosa. Esperamos o dia em que nossos corpos humildes serão iguais ao corpo glorioso de Cristo. Para aqueles que sofrem com dores crônicas, doenças, fraquezas, é uma benção pela qual esperamos com expectativa ansiosa. Até quando estamos saudáveis, quando nós envelhecemos experimentamos mudanças – e estas mudanças não são mudanças que melhoram nossas vidas físicas. Nós abrandamos. Torna-se mais difícil realizar as coisas que fizemos como jovens.

Podemos imaginar que somos jovens. Mas os nossos corpos não podem cumprir as promessas das nossas mentes. E não é apenas a deterioração física, é mental também, como resultado dos assim chamados “processos naturais.” Os processos descritos por Salomão no último capítulo de Eclesiastes começam a acontecer – os maus dias estão chegando: os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer (12.1) Até aqueles que não sofrem nesta maneira, imagine a vida eterna, num corpo que nunca vai enfraquecer, num corpo que permanece o seu corpo, mas muito melhor do que o corpo que você tem agora. Essa é a vida da ressurreição que esperamos.

Mas é uma vida ressuscitada que apenas aqueles unidos com Cristo por fé podem antecipar. Porque, mais uma vez, em versículos 47-49, Paulo apresenta uma série de contrastes. O primeiro homem, Adão, foi criado do pó da terra. E como Adão, todos os seus descendentes são terrenos, mundanos. Mas o segundo homem, o segundo Adão, o Senhor Jesus Cristo, é do céu. Todos do pó, unidos com seu antepassado, Adão, são como ele. Mas aqueles “do céu” são como o homem do céu – mudados, transformados, renovados. Todos, à parte de Cristo, carregam a imagem do homem de pó. Mas a fé nos une a Cristo, e isso nos permite a carregar uma nova imagem – a imagem do homem com origem celestial, com caráter celestial.

À parte de Cristo, nós somos mundanos, como pó, à imagem de Adão. Em Adão, todos morrem. Mas através de fé em Cristo, somos mudados. Somos renovados. Nos tornamos uma nova criação. Sim, permanecemos a mesma pessoa, mas somos transformados. Em união com Adão, nós somos simplesmente carne e sangue, a corrupção, como Paulo escreve em versículo 50. Mas quando a nossa lealdade é mudada, quando Cristo se torna tudo para nós, nós somos transformados, tornando nosso corpo incorruptíveis, imortais. Não sujeito a apodrecer. Não sentiremos mais dor, nem tristeza, um fim as lutas contra a carne fraca. Lágrimas não teremos mais. Não mais luta com você mesmo e os seus desejos pecaminosos. Não mais medo da morte. Não mais relacionamentos que quebram. Não mais derrota, nunca, para sempre, eternamente.

Fisicamente, espiritualmente, somos recriados, renovados, capacitados a herdar o Reino de Deus. Precisamos ser mudados para entrar aquele Reino – e essa mudança vem somente por fé em Cristo. Sem Cristo, a dor, a tristeza, as lágrimas, a fraqueza da carne, o pecado, os relacionamentos danificados, a dissolução dos relacionamentos, a derrota, medo da morte são tudo. Pode ignorar estas coisas por um tempo. Pode escapar a realidade usando meios diferentes. Pode comer, beber, e festejar para se esconder dos problemas e desafios da vida. Mas no fim, não há nada mais. Mas em Cristo, há liberdade. Em Cristo, há vitória. Em Cristo, e apenas em Cristo, há um futuro – glorioso, sem fim.

O crente pode confessar com alegria que depois dessa vida, não apenas a minha alma será levada imediatamente para Cristo, mas que também essa minha carne, ressuscitada pelo poder de Cristo, será reunida à minha alma e feita à semelhança do corpo glorioso de Cristo. E, Já agora sinto em meu coração o princípio do gozo eterno, pois depois dessa vida obterei a perfeita bem-aventurança que o olho jamais viu, nem o ouvido ouviu, nem o coração humano pode conceber, uma bem-aventurança para se louvar a Deus eternamente.

O foco hoje está naquela verdade. A mensagem àqueles que não submeteram a Cristo são essa: Se você não abandonar seu egoísmo, se você recusar se humilhar diante do Rei, nada disto será seu. Não existe esperança de glória eterna. Não existe esperança de bênçãos ilimitadas. A única coisa em seu futuro é o castigo eterno que você merece como rebelde contra o Altíssimo Rei do Universo.

Caro leitor, deixo a pergunta: Por que rejeitar esta mensagem? O que você tem a ganhar? Uma breve suposta liberdade? Uma breve vida mortal, pensando em si mesmo como um agente livre, que pode tomar suas próprias decisões, que pode fazer o que você quer? Algumas breves décadas de escravidão enganosa disfarçada de liberdade? Isso é tudo? Você vai aceitar isso, e rejeitar o Cristo, e tudo que Ele tem a oferecer, por causa da alguns poucos anos de prazer falso e fugaz? Considere a eternidade. Considere a ressurreição.

E para nós cristãos, precisamos lembrar por que Paulo estava se concentrando no fato da ressurreição, e os meios pelos quais essa ressurreição pode acontecer, neste momento em sua carta aos coríntios. E vemos isso em versículo 58, a declaração conclusiva da carta:

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.”

“Portanto,” ele diz. Por causa de tudo o que escrevi até agora, à luz da verdade que foi revelada mais uma vez, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor.

Sede firmes e inabaláveis – essa exortação nos lembra da afirmação que Paulo fez no ínicio deste capítulo, em versículo 1: No evangelho que recebestes, perseverais. “Sede abundantes na obra do Senhor” – Podemos em 14:12 da mesma carta, onde Paulo usa a mesma terminologia – onde ele diz aos coríntios, “Procurai progredir para a edificação da igreja” – é a mesma coisa – “Sede abundantes para a edificação da igreja. Então, quando Paulo diz, “Sede sempre abundantes na obra do Senhor,” ele está pedindo aos coríntios que se dediquem a edificar a igreja, o corpo de Cristo. E finalmente, por causa de ressurreição, por causa daquela verdade gloriosa, eles poderiam saber que, no Senhor, o trabalho deles não é vão.

A eternidade com Cristo, é uma vida perfeita com Deus. Um bom entendimento e valorização da vida eterna, a ressurreição do corpo, não é uma maneira em que podemos escapar os problemas desta vida. Não buscar entendimento da ressurreição, não regozijamos na ressurreição, não meditamos na ressurreição, em vez de sermos ativos nesta vida. Na verdade, a ressurreição é o que nos motiva a ser ativos nesta vida. Saber a glória da ressurreição, saber que a nossa existência não tem fim quando nós expiramos os nossos últimos suspiros, deve nos motivar a ação – a dar tudo para fortalecer a igreja, para nos esforçar em confiança por causa de Cristo e o Seu Reino – e para fazer tudo isso com ousadia, com alegria.

Podemos ficar firmes na mensagem que nós já recebemos, podemos ficar firmes na verdade, inabaláveis, porque estamos sendo transformados na imagem do homem do céu. Estamos sendo preparados para a transformação, o momento em que nós vamos ser mudados. Estamos sendo preparados para a eternidade, para o Reino do céu. Essa transformação começa aqui e agora, enquanto o Espírito Santo faz sua obra dentro de nós. E essa transformação é absolutamente necessária para entrar na eternidade.

Sabendo a glória que o povo de Deus espera, tendo certeza da vitória, permanecermos firmes e abundando no trabalho do Senhor. Podemos abundar no trabalho do Senhor em nós, como membros do corpo de Cristo, e podemos abundar no trabalho do Senhor por meio de nós, enquanto contribuímos ao crescimento e desenvolvimento e saúde deste corpo. E, em fim, podemos saber, até quando as lutas da vida podem aparecer esmagadoras, ou desencorajadoras, ou podem nos levar a frustração ou um sentido de futilidade, especialmente quando pensamos no trabalho do Senhor no crescimento da Sua igreja, que qualquer trabalho que nós fazemos em nome de Deus não será feito em vão. Vai realizar algo para os propósitos de Deus.

Em Cristo Jesus, a vitória foi ganha. Tragada foi a morte na vitória. A morte não tem aguilhão para o povo de Deus não mais. Nós já recebemos a vitória na maior batalha desta vida. Não ganhamos nós mesmos, mais é dada a nós, no nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, damos graças ao Senhor. Qualquer desafios que temos, podemos ficar firmes, inabaláveis. Sejamos abundante na obra do Senhor. Estamos certo que nosso trabalho no Senhor não é em vão. Em Cristo, somos mais que vencedores. Como o povo de Deus, precisamos viver como mais que vencedores! Os coríntios precisavam de uma nova forma de pensar, formada pelo evangelho, e precisamos ter nossa forma de pensar reformada também. Não devemos ser derrotistas. Não devemos ficar satisfeitos quando não estamos abundando no trabalho do Senhor. Porque nós vivemos, esperando o dia quando a mudança que já começou dentro de nós será completa. No ressoar a última trombeta , quando Cristo volta, quando, num momento, num piscar de olhos, a morte é tragada pela vitória. O Senhor acelerar aquele dia. Vem, Senhor Jesus, vem Senhor Jesus!

Amém.

Deus abençoe!

1 João 1

Graça e paz do Senhor Jesus esteja sempre com todos vocês!

“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida”

1 JOÃO 1

V. 1 – O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida

V.2 – (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada);

V. 3 – O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.

V. 4 – Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.

V. 5 – E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.

V. 6 – Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.

V. 7 – Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

V. 8 – Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

V. 9 – Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

V. 10 – Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.1 João é uma exortação de um bom pastor nascido do amor pelo seu povo!

Autor – Certamente é um dos apóstolos, a partir do prólogo, em que o autor se apresenta com característica de um apóstolo de Cristo, isto é, declara-se testemunha da re ressurreição do Senhor.

1 carta de João de suma importância, este livro nos mostra os perigos das heresias e das correntes de pensamentos errôneos que brotavam dentro da igreja.

Pano de fundo – A problemática, João não mostra sinais de que a igreja estava sendo perseguida e sim seduzida, porque surgia de dentro da igreja. Jesus tinha antecipado: E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. (Mateus 24:11). O mal que 1 João procurava combater não procedia de estranhos que queriam destruir a fé cristã mas sim de homens que pensavam que estavam aperfeiçoando, que aspiravam tornar o cristianismo intelectualmente respeitável. Proviam de homens que conheciam as tendências e correntes de pensamentos da época, e desejavam expressar o cristianismo em termos dessas mesmas correntes e sistemas filosóficos. Esse pensamento filosófico contemporâneo se chamava gnosticismo. Muitos cristãos eram naquela época segunda ou terceira geração, o entusiasmo pelo cristianismo estava acabando, o povo se acostumou e tinha perdido assombroso. Jesus bem conhecia os homens e disse deles: “o amor se esfriará de quase todos”(Mt 24:12), João escrevia em uma época que para alguns o entusiasmo tinha desaparecido, tudo se reduziu a uma efémera piscada.

Data que foi escrita : por volta do fim do século primeiro d.C

Falsos mestres – Tinham nascido dentro da igreja, mas se separaram dela. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco ; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós. 1 João 2:19. Eram homens de influência porque pretendiam ser profetas. “Muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. 1 João 4:1“. Mesmo quando saíram da igreja, ainda procuram disseminar seus ensinos dentro dela e apartara seus membros da verdadeira fé ( 1 João 2:26). Alguns negavam que Jesus era o messias 1 Jo 2:22, mas provável que esses falsos mestres eram judeus. Como podiam aceitar se a Cidade Santa estava pedra sobre pedra os romanos literalmente acabaram com a cidade, o povo judeu se dispersaram por todo o mundo. Ficaria difícil o judeu aceitar que Jesus viria para salvar seu povo diante de grande sofrimento do seu povo. Essas falsas doutrina constituem a uma grande apostasia. consequências – Havia membros da igreja estava incomodado com a conduta do cristianismo, não queria ser santo, a palavra traduzida santo é hagios, etimologicamente significa diferente, o cristão estava chamado a ser hagios para ser diferente dos outros homens. Houve sempre uma separação distinta entre o cristão e o mundo. No quarto evangelho vejo o que Jesus disse : Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. (Jo 15:19), tudo isso implica ser deferente do mundo. 1 carta de João mostra os perigos que estava surgindo na igreja seduzida e não perseguida como alguns falavam, porque seguia de dentro da igreja, Jesus tinha antecipado. Levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. (Mt 24:11). O que 1 João procurava combater não procedia de estranhos e sim de homens de dentro da igreja, homens que conheciam as tendências e pensamentos , queriam aperfeiçoar o cristianismo, enxertando pensamento contemporâneo.

Propósito da carta João escreveu para os fiéis (1 Jo 1:3-4) o propósito era confortar os crentes angustiados, trazer alegria ao povo ( 1:4) e preservá-los do pecado. João escreveu sua grande carta para enfrentar uma situação ameaçadora em defesa da fé.

Destinatários: João escreve aos crentes. Seus fiéis na província da Ásia.

Visão panorâmica da carta: Melhor maneira para entender a carta, é em dividi-la em blocos de versículos:

Prefácio : 1:1-4 A realidade da encarnação de Cristo

Comunhão com Deus e com os outros( 1:5-7)

Atitude correta para com o pecado (1:8-10)

Ideia sobre Deus João tem que dizer duas coisas muito importante a respeito de Deus

  • Deus é luz e nele não há trevas nenhuma (1.5)
  • Deus é amor, e esse amor o levou a nos amar antes que o amássemos e fez com que enviasse seu Filho para redimir os nossos pecados (4:7-10, 16).

Ideia sobre Jesus Visto que o principal ataque dos hereges e falsos mestres recaía a convicção cristã a respeito da pessoa de Jesus.

  • Jesus é Aquele que existe desde o começo (1:1 2:14).
  • Jesus é o Filho de Deus.
  • Jesus era o Cristo, messias (2:22 5:1)

O assunto principal na 1 carta de João é o amor, a essência da religião é crer no Senhor Jesus e amar-nos uns aos outros.( 3:1 -17, 23)

João está convencido que a única maneira em que alguém que ama Deus é amando seu irmão.

EM DEFESA DA FÉ!

João escreve a carta para enfrentar ameaçadora em defesa da fé, denunciar os erros dos falsos mestres e edificar os crentes.

REALIDADE DA ENCARNAÇÃO DE CRISTO – RESUMO

V.1:1-4 O apóstolo João nos apresenta de forma resumida um dos motivos que levou a escrever: dar seu testemunho como apóstolo acerca da humanidade e da divindade de Cristo, para que seus leitores permaneçam na unidade da doutrina. João deixa entrever que tem em vista confrontar as doutrinas errôneas sobre a pessoa de Cristo ensinadas pelos falsos mestres. Ele fala sobre a pessoa de Cristo e conta-ataca tais idéias com o seu testemunho pessoal acerca de Jesus.

Podemos classificar em três categorias, a respeito ao cristianismo verdadeiro

  • Vida santa ( Moral)
  • Amor aos irmãos ( Social)
  • A verdade sobre a pessoa de Jesus (Doutrinário)

Implicações prática

Devemos agradecer a Deus por ter levantado homens como o apóstolo João para escrever em defesa da verdade. Dessa forma, Deus preparou a Bíblia apara servir de instrução e edificação para os cristãos de todas as épocas. Nesse sentido, podemos ver claramente o motivo pelo o qual não há mais apóstolos hoje: eles foram instrumentos de Deus para lançar os fundamentos da igreja e escrever a Escritura Sagrada.

V.1 – O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida
V.2 – E a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada),
V.3 – o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
V.5 – Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa.

1 João 1:-4

A Palavra da Vida

V. 1 – O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida

O que era desde o princípio . João aqui se refere a Jesus Cristo. Para alguns, “Princípio” se refere ao início do Evangelho. Outros, ao princípio absoluto do universo. Essa última é a melhor, pois é assim que João usa o termo no prólogo de se Evangelho(Jo 1.1). É o mesmo termo que ele usa para se referir a Deus aqui na carta, “aquele que era desde o princípio”(2.13-14). Com isso o apóstolo está afirmando que Jesus Cristo já existia antes do princípio da criação, quando Deus fez o mundo (Gn1.1). A preexistência de Cristo é um dos temas prediletos de João em seus escritos. No seu Evangelho, ele enfatiza frequentemente, Cristo existia antes de João Batista (Jo 1.15) e mesmo antes de Abraão ( Jo 8:58). Antes de vir ao mundo, ele estava com Deus Pai, e compartilhava da sua glória(Jo17:5,24 6:62, 12:41). Cristo existia desde a eternidade e era com Deus Pai. (Jo 1:1-2). Sendo Deus, Jesus Cristo é eterno. Ele não começou a ser divino apenas depois do seu batismo, conforme ensinavam os mestres gnósticos. Ele já existia antes da criação do mundo. Com isso João afirma, sim, que Jesus já existia antes da sua encarnação com um corpo físico. João afirma sim, que Jesus homem, que nasceu,viveu entre nós,e morreu, já existia antes de nós, poi´s é Deus Filho.

O que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida

O Cristo preexistente se manifestou, João e os demais apóstolos são testemunha oculares, João emprega a palavra vívida para defender que Jesus era um homem real em seu corpo físico. Isso só seria possível se Jesus fosse uma pessoa real, e não uma aparência de uma pessoa, como um fantasma ( cf Lc24:39). João coloca tamanha importância nesse ensino a ponto de considerar como sendo do anticristo os que negam a encarnação real de CRISTO(1 Jo 4:1-3). Conforme João a encarnação de Cristo é a pedra fundamental onde se apoia o Cristianismo. Joa 1;14). Ao Verbo da vida , aqui o “Verbo” emprega a tradução para a palavra grega logos, que também significava “palavra”. A filosofia grega daquela época afirmava a existência do logos, um princípio raciona e impessoal que governava o universo e o destino dos homens e que interpenetrava todas as coisas. Entretanto, João dá um novo conteúdo ao conceito “logos” não é um princípio impessoal, mas uma pessoa Jesus Cristo., é possível também que João se refira a Jesus como a palavra de Deus, pensando no relato da criação de Gênesis, onde se diz que Deus criou todas as coisas meramente com a sua palavra. Assim esse título aponta para a plena divindade de Cristo, enfatizando em especial seu papel como agente de Deus, aquele que executa os planos divino, traz vida e luz aos homens (Jo1:4).

V.2 – (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada);

V. 1-2 E a vida se manifestou . Aquele que era desde o princípio não ficou isolado na glória, João usa frequentemente o termo manifestar-se, entre outras coias para referir à vinda de Jesus Cristo ao mundo, para salvar e resgatar os que creem. Além de ser Deus, Jesus Cristo era também verdadeiro homem com corpo concreto, tangível, papável, dessa manifestação João insiste em que ele e os demais apóstolos são testemunhas. E nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, João combate os ensinamentos dos falsos mestres usando o testemunho autoritativo dos apóstolos. João e os demais apóstolos foram testemunha da manifestação da vida eterna em Cristo Jesus, e se tornaram seus anunciadores. O testemunho e o ensino dos apóstolos acerca de Cristo foram preservados por escrito: e a coleção desses escritos apostólicos é o Novo Tetamento, a Palavra de Deus. A vida eterna , é chamada de vida eterna refere-se ao tipo de excelência daqueles que conhecem ao Pai e ao Filho Jesus Cristo. e também porque se trata de um relacionamento que dura para sempre e sendo assim diferente dos relacionamentos dos humanos. É a vida da era vindoura, que é experimentada aqui e agora pelo os que creem em Cristo. Esse é o centro da mensagem de João nessa carta .

V. 3 – O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.

O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. João manifesta o objetivo do testemunho apostólico acerca de Cristo, o alvo foi que tivéssemos comunhão com ele e os demais apóstolos, tendo em mente a unidade doutrinário com seus leitores e apóstolos a respeito à obra de Cristo. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. A unidade doutrinária com os apóstolos também leva à comunhão com Deus e com Jesus, pois é deus quem dá o testemunho acerca de Cristo (Jo 14:20-23).

V. 4 – Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. À semelhança do Senhor Jesus Cristo (Jo 3:29). João certamente já se alegrava com o fao de que os seus leitores haviam se convertido do paganismo para a fé em Jesus Cristo. Sua alegria seria completa, e atingiria seu propósito final, se eles se mantivessem firmes doutrinariamente, em plena comunhão com os apóstolos no que concerne à pessoa de Jesus Cristo.

Aplicação: nos mostra como a Bíblia é importante para o crente. É o depósito do ensino dos que andam em Cristo.

Comunhão com Deus e com os outros( 1:5-7)

V. 5 – E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.

V. 6 – Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade.

V. 7 – Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.

E esta é a mensagem que dele ouvimos, João inicia a primeira ocorrência do teste moral na sua carta, declarando o seu caráter absoluto autoritativo. Cristo é o autor da mensagem sobre a santidade de Deus. Os apóstolos ouviram o que Cristo ensinou e transmitiram aos discípulos. Dessa forma, a autoridade do ensino apostólico remonta ao próprio Cristo. Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Essa mensagem que João ouviu de Cristo, esta ansioso para transmitir aos seus leitores. Nos Evangelhos porém, não encontramos o conceito dessa forma. Jesus ensinou que ele er a a própria luz do mundo (Jo 8;12 9:5 11:9-11), e que os crentes por sua vez era a luz do mundo ( Mt 5:14). A luz ilumina, traz o conhecimento da verdade, resplandece nas trevas da ignorância, iluminando as trevas dos corações humanos e difundindo a verdade de Deus, João deve estar se referindo à mensagem de Jesus nos Evangelhos sobre o caráter santo e justo de Deus. Há duas idéias sobre Deus, deus é luz e Deus é puro e separado do pecado.

Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Diante da santidade de Deus, João descreve duas alternativas, quanto aos que professam conhecê-los

  • Comunhão com Deus, implica um relacionamento íntimo com ele. Imagina só, João continua, se dizermos ter comunhão com Deus, e andarmos nas trevas, andar nas trevas significa viver no erro, no pecado, na ignorância de Deus, ele continua neste caso mentimos e não praticamos a verdade., aqui o apóstolo tem como alvo os falsos mestres.(gnósticos). João estabelece, porém, se aplica universalmente. O verdadeiro cristão reflete o caráter santo de Deus em seu caminhar diário.

Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, a ideia implica na expressão é a de se viver na presença de Deus, andar iluminado pela luz da sua santidade, numa atitude de abertura de coração e mente,. Em outras palavras, é andar em quebrantamento, pronto a admitir os pecados quando a luz da santidade divina os revelar. Temos comunhão uns com os outros, João passa a demonstrar os benefícios desfrutados pelos que mantem verdadeira comunhão com Deus, essa comunhão que João fala agora é entre os crentes. A comunhão uns com outros é resultado de andar na luz, quando a igreja esta andando na presença de Deus, aberta diante da sua luz, experimenta a verdadeira comunhão dos santos. O que unia a igreja era a perseverança de todos na doutrina apostólica ( At 2:42).

O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado . Aqui está o segundo benefício de andarmos na luz. O pecado é uma barreira real à comunhão com Deus e com homens, pecado significa errar o alvo, define como falta de conformidade com o alvo ou padrão de Deus. no novo testamento essa conformidade é sempre moral e ética. O poder purificador ilimitado do sangue de Jesus. O segredo do poder desse sangue é que foi derramado pelo Filho de Deus, imaculado, perfeito e sem pecado algum. O sangue humano está contaminado pelo pecado, a morte do humano não tem poder para limpar e remover a culpa de outros seres humanos. Jesus porém sendo o Filho de Deus, derramou sangue isento de pecado, não contaminado, e por isso, eficaz para esse fim. Sangue real não meramente um fantasma como dizia os gnósticos, sangue propiciador do perfeito Filho de Deus pelos nossos pecados.

Aplicação: Este versículos nos falam do caráter puro de Deus e sua santidade que irradia luz sobre nossas trevas, sobre os nossos pecados mais secretos. Um caminhar diário com Deus só é possível por meio da purificação provida pelo sangue de Jesus. Um coração quebrantado e uma vida pura é uma base para comunhão co Deus e com os demais irmãos em Cristo , tornando uma comunhão fraterna e genuína.

Atitude correta para com o pecado (1:8-10)

V. 8 – Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

V. 9 – Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

V. 10 – Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.1 João é uma exortação de um bom pastor nascido do amor pelo seu povo!

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. João aborda em primeiro lugar as consequências da falta de reconhecimento da nossa própria pecaminosidade, a falta de reconhecimento da depravação e corrução da natureza humana são estarrecedoras. Primeira, a nós mesmo nos enganamos. Se os crentes da Àsia aceitarem a doutrina dos falsos mestres, estariam se enganando, uma dessas doutrinas da seita dos falsos mestres, é a negação total da pecaminosidade do homem. Segunda se abraçarmos um ensino que venha negar que somos pecadores, portanto, é que a verdade não está em nós.

Se confessarmos os nossos pecados, Confessar na língua grega, significa literalmente” dizer a mesma coisa” concordar. Essa verdade não tem somente uma implicação geral, mas também implicações bem práticas e diárias. Confessar é alguém admitir que é culpado daquilo que é acusado. Quando o Espírito Santo vem falar à nossa consciência, apontando nossos pecados contra a Lei de Deus, a reação correta é concordamos imediatamente com ele, declarando a nossa culpa, e colocando-nos nas mãos daquele que é fiel e justo para nos perdoar, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, o apóstolo nos afirma que sempre que humildemente confessamos a Deus os nossos pecados, podemos confiar nele, pois Deus cumprirá suas promessas de perdão feitas ao seu povo, as quais foram seladas no sangue de Jesus. A fidelidade de Deus é o seu atributo que nos encoraja a buscar sua presença. João ainda acrescenta justo para perdoar os nossos pecados, a morte de Jesus é certamente o pano de fundo da afirmação de João aqui. Ele nos perdoará e nos limpará de toda maldade, poi nossa culpa já foi paga por Jesus Cristo.

Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.1 João é uma exortação de um bom pastor nascido do amor pelo seu povo! Aqui João apresenta as consequências de negarmos nosso pecado. Nas Escritura, Deus revela o homem um ser caído, moral espiritualmente. Ao negarmos essa verdade a nosso respeito, estamos negando o diagnóstico de Deus ao nosso estado. Desa forma fazemos com que ele pareça mentiroso. Quem pensa que mentir é um pecado de menor importância, deveria estudar o que João falou a esse respeito: O diabo é o próprio pai na mentira. E pior do que ser um mentiroso é fazer Deus parecer um mentiroso, negando que somos pecadores, ou rejeitando a testemunho que ele deu acerca de seu Filho Jesus Cristo ( 5.10) . Dessa forma a Palavra de Deus não está em nós.

Aplicação: Por fim, aprendemos que o perdão prometido por Deus mediante a confissão não é um encorajamento para continuarmos a pecar. A manifestação do perdão e da graça de Deus visa uma vida sem pecado, quem abusa da confissão como válvula de escape para o pecado, com certeza nunca foi realmente perdoado por Deus e está enganado.

Oração : Pai santo, poderoso Criador de todas as coisas, te redemos graças por tua santa Palavra, te agradecemos por nos dar sabedoria, sabemos que tudo é por tua graça e vontade, obrigada por pelo tempo presente, obrigada pela tua igreja, Pai te pedimos em nome de Jesus pelos enfermos, enlutados, crianças, desempregados e pelas as famílias, receba Senhor toda honra e glória para Ti, faz teu Reino avançar, oramos em teu Santo nome meu Senhor Jesus.

Estudo extraído da 1 carta João Augustus Nicodemus.

Deus abençoe!

HABACUQUE – Pai precursor da reforma.

Oração : Pai Santo te agradecemos mais uma vez pela oportunidade de falar da Tua Palavra, te pedimos direcionamento aos leitores, e que este estudo seja proveitoso a cada irmão, se esta for a Tua vontade. Pai Santo te pedimos pelos enfermos, pelas crianças, pelos idosos, pelos os refugiados, creio que tudo estás em suas mãos, perdoe pelas minhas falhas, ensina-me a viver retamente conforme os teus preceitos, ensina-me a amar o meu próximo, oro em nome do meu Senhor Jesus, receba toda honra e toda glória.

HABACUQUE 1

Autor – As únicas informações confiáveis sobre Habacuque e sua atividade profética vem deste livro.

Habacuque falou para o povo de Judá provavelmente 600 anos a.C, povo este que abandonou os caminhos de Deus.

Contexto histórico

Habacuque profetizou o juízo de Deus sobre a invasão iminente dos caldeus sobre o povo de Judá, povo da aliança. Pouco antes do povo de Judá ser conquistado pelo império babilônico. Em Habacuque 1:1 nos dá referência como um profeta, encontramos neste livro um relato de uma discussão, Habacuque pergunta e Deus responde, verdadeiro profeta, zeloso, fervoroso pela glória do Senhor. Viveu uma terrível crise espiritual, devido a aparente indiferença de Deus às terríveis condições espirituais de seu povo 1:24.

Período que profetizou – Provavelmente ocorreu pouco antes da conquista de Jerusalém pelo exércitos dos caldeus ( novos babilônios) Nabucodonosor avançam até jerusalém e cercaram, deportaram o rei Joaquim para Babilônia ( Rs 24:8-17) em 597 a.C

Habacuque era um jovem contemporâneo de Jeremias, foi um profeta que provavelmente viveu nos anos antes do exílio na Babilônia. A visão inspirada de Habacuque portanto pode ser datada no período entre 605 -600a.C, quando os babilônios tornaram dominantes, devastando qualquer opositor (1:5-17)

Sentença revelada ao profeta Habacuque

V. 1:1 O peso que viu o profeta Habacuque.

Sentença , geralmente é um termo usado para indicar uma profecia de julgamento contra uma nação estrangeira,ou seja, o profeta (oráculo de Deus) viu uma revelação de Deus, neste caso o profeta Habacuque fala da eminente devastação do seu próprio povo.

Revelada – O profeta recebeu a mensagem divina. O Espírito de Deus envia as mensagens no âmago da consciência dos profetas com tanta clareza, parecendo que eles estavam vendo com seus olhos.

V. 1:2 Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! e não salvarás?

Habacuque começa o livro com uma série de perguntas, sua primeira queixa, muito angustiado pelo fato do povo de Deus se desviar continuamente, eles não mais viviam como povo escolhido e salvos de Deus (Êx 19:4-6). Além de tudo o profeta reclamava por justiça.

O profeta estava inquieto devido a aparente indiferente de Deus as terríveis condições do seu povo. Então veio o lamento, com a finalidade de que Deus voltasse a prestar atenção ao seu povo, que aparentemente estava sem solução.

Até quando…..a pergunta impaciente, características dos salmos de lamento ( Sl 112:2 62:3), indica a perseverança ao apelo do profeta ao Senhor, relacionado ao juízo final nas questões da desobediência à sua aliança.

Clamei eu, indica sua profunda aflição.

Violência – O profeta resume a transgressão deliberada, brutal dos direitos e privilégios do povo da comunidade da aliança, “não salvarás” Habacuque observa a aparente indiferença e apatia do Senhor diante do sofrimento imerecido do seu povo.

V. 1:3 Por que razão me mostras a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio.

Por que, Habacuque estava clamando por causa das injustiças sociais, a opressão(sentido lit) trabalho ou labuta, que leva à angústia, exaustão e ao desanimo, contenda e o litígio – a maldade sem limite, divide a comunidade.

V. 1:4 . Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida.

A lei se afrouxa – Palavra lei (hebraico torah). Mostra o padrão divino para a vida no contexto aliança. O poder e a influência dos ímpios tornaram a lei sem efeito, tomaram o poder. O profeta pede justiça.

O perverso – Aqueles em Israel que menosprezaram a vontade e a lei do Senhor.

A justiça – Estava fraca, praticamente não existia.

O perverso a cerca do justo, o homem justo está rodeado de maldade dos homens ímpios.

V.1:5 Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada.

” A primeira resposta de Deus”

Vede entre as nações, por tanto tempo Deus permiti que as faltas de Judá ficassem sem castigo, o profeta viu que Deus estava falando através dele para todo o povo.

Vem a reposta de Deus ao pedido de Habacuque concordando com sua queixa, o povo injusto merecia castigo. Mas o Senhor mostra a Habacuque que as suas obras continuam vivas, que algo novo estava para acontecer.

Os caldeus será instrumento de sua ira, também conhecido babilônios. ( v.6). A resposta do Senhor há um instrumento em sua mão que pretende usar imediatamente, espantosa usar o exércitos da babilônia para punir Judá. Espantosa sem dúvida a obra de Deus chamar os gentios para sua igreja, como usar o exércitos da babilônia para punir seu povo.

V. 6 – Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas.

Habacuque compreendeu que os caldeus foram levantados por Deus Ele descreve os caldeus como povo cruel.

V. 7 – Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua dignidade.

Eles mesmos, o inimigo que está por vir, cuja seus interesses eram totalmente egoísta.

V. 1: 8-11 – E os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, e mais espertos do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; os seus cavaleiros virão de longe; voarão como águias que se apressam a devorar.
Eles todos virão para fazer violência; os seus rostos buscarão o vento oriental, e reunirão os cativos como areia.
E escarnecerão dos reis, e dos príncipes farão zombaria; eles se rirão de todas as fortalezas, porque amontoarão terra, e as tomarão.
Então muda a sua mente, e seguirá, e se fará culpado, atribuindo este seu poder ao seu deus.

V.1: 8 – É feito uma comparação entre o exército caldeu e os ferozes animais.

V. 1:9-11 -É descrito a grandeza da violência, os caldeus faziam suas próprias leis, destruíam seus inimigos e faziam do seu poder objeto um objeto de adoração como se fosse um deus.

V. 1:12-17

Não és tu desde a eternidade, ó Senhor meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó Senhor, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.
Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?
E por que farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?
Ele a todos levantará com o anzol, apanhá-los-á com a sua rede, e os ajuntará na sua rede varredoura; por isso ele se alegrará e se regozijará.
Por isso sacrificará à sua rede, e queimará incenso à sua varredoura; porque com elas engordou a sua porção, e engrossou a sua comida.
Porventura por isso esvaziará a sua rede e não terá piedade de matar as nações continuamente?

Os caldeus são mais perversos que os judeus, Habacuque ficou apavorado, ele pediu a justiça de Deus contra os ímpios de sua cidade, a resposta de Deus foi que chamaria um povo cruel e forte para destruir sua cidade.

Não és tu desde a eternidade, o profeta continua confiando em Deus, desde a eternidade aqui o profeta fala da imutabilidade de Deus, ó Senhor meu Deus, meu Santo o profeta demonstra seu relacionamento pessoal com Deus. Não morremos, Deus eterno não pode destruir seu povo, ó Rocha, proteção divina.

V. 1:13 Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?A pureza de Deus era possível ao profeta compreender, porém, não compreendia como Deus poderia levar a efeito o seu propósito se a vara de correção caldeus. Segundo a justiça e o juízo de Deus, não há mudança.

V..14 – Habacuque invoca a soberania de Deus para que Ele estabeleça o seu reino, e os homens não mais vivam semelhante aos peixes e répteis, sem que não têm quem os governe não havia quem os protegesse. É plausível esta consideração de Habacuque? Não! Ele esqueceu de considerar que o domínio da terra foi dado aos homens, e o que é dado por Deus Ele não toma,

Por isso sacrificará à sua rede, por quanto tempo o profeta pergunta, por quanto tempo os babilônios continuem suas conquistas com crueldade as nações, seu povo foi conquistado tao facilmente como o peixe é pego em uma rede. Os babilônios atribuíam honras divinas a eles mesmos. Eles adoravam e serviam à criatura mais que ao Criador.

Deus abençoe!

Pesquisa estudo – Bíblia estudo de Genebra

HEBREUS CAPÍTULO 1

A carta conhecida pelos estudiosos como sendo o quinto evangelho. O grande Lema é retratar a pessoa de Jesus Cristo e sua divindade, trata da glória e superioridade de Cristo.

Oração: Pai Santo, Criador de todas as coisas, te louvamos e te adoramos Senhor, somos grata a Ti por nos dar oportunidade de conhecer a Tua Palavra, te pedimos iluminação da Tua Palavras aos irmãos, Te pedimos que dê entendimento e sabedoria a cada irmão que aqui chegar, pedimos Meu Pai pelos órfãos, pelos enfermos, pelos os refugiados, pelas as crianças, Senhor Deus faz a Tua vontade, afasta-nos de toda e qualquer tentação, perdão pelo nossos pecados e o que te pedimos em nome do Meu Senhor Jesus.

HEBREUS 1

V – 1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
V – 2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
V – 3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
V – 4 Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
V – 5 Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?
V – 6 E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
V – 7 E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labaredas de fogo.
V – 8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino.
V – 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.
V – 10 E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.
V – 11 Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão,
V – 12E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão.
V – 13 E a qual dos anjos disseram jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?
V – 14 Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?(Hebreus 1:1-14)

Hebreus 1:1-14

Contexto histórico do livro

O, livro Hebreus foi escrito claramente para conhecedores das Escrituras do Velho Testamento e, especialmente dos rituais de sacrifícios da Velha Lei. Evidentemente que os leitores pretendidos eram judeus cristãos. Eram cristãos pensando em deixar seu relacionamento com Cristo para voltar a viver sob a Lei de Moisés, estas pessoas, os judeu-cristãos estavam em perigo em deixar o cristianismo. O livro de Hebreus estava determinado a mostrar aos seus leitores que estavam totalmente errados, por este motivo, o autor tem como o tema de Hebreus é a superioridade de Jesus Cristo. Provavelmente vamos achar os destinatários no grupo dos judeus – cristãos da igreja da época que estavam familiarizados com a cultura e educação grega e que eram leitores assíduos do Antigo Testamento em grego. Provavelmente era o grupo que iniciou a evangelização dos gentios onde o apóstolo Paulo estava fixado.

Propósito – Exortar os leitores a não retroceder, sim permanecer firmes na fé em meio as tribulações que estavam enfrentando (encorajamento).

Autor – o autor de Hebreus era perito nos estilos literários grego, profundo conhecedor do antigo testamento. Sensível à história que culminou em Jesus, tinha familiaridade com Timóteo (13:23)a epístola não trás o seu nome, deixando o mistério a respeito de quem escreveu. Conforme algum teólogo tem vários nomes como sugestão do autor. A teologia da epístola assemelha-se à teologia de Paulo. Por outro lado detecta-se a sublime doutrina de João, a respeito de Cristo como a divina “PALAVRA”. Mas esta característica combinada juntamente com o retrato do sofrimento de Jesus como é descrito nos três Evangelhos sinóticos, são de esperar uma vista da autoria unificada de toda Escritura pelo Espírito Santo. O autor humano deste livro permanece desconhecido.

Destinatários – algumas características:

Sabemos que falavam em grego, usavam a tradução grega do Antigo Testamento.

Estavam interessados no santuário, sistema sacrificial e no sacerdócio do A.T.

Não tinham ouvido o evangelho diretamente de Jesus, e sim dos apóstolos (2:3).

Enfrentavam perseguições, expulsões das instituições judaicas (13:12-13).

Perigo de apostasia, talvez temendo a morte.

Conclui-se que os destinatários eram os cristãos-judeus da diáspora (dispersão dos judeus fora da Palestina) provavelmente na Itália, por conta do edito de Cláudio que expulsou os judeus de Roma 49 d.C. Atos 18:2.

Aparentemente o templo ainda estava de pé e os sacrifícios (rituais) estavam sendo realizados.

V – 1:1-3 DEUS SE REVELA

1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;

Deus falado… Muitas vezes, o tema importante em Hebreus (2:23) (4:12) (6:5) (11:3) (12:15). No início introduz duas épocas na história, quando Deus falava com seu povo, revelação natural, ou seja, falando através de sua criação, terra, animais, homens, céu todo universo, de muitas maneiras: Deus se revelou de muitas maneiras, através da sua Palavra que é a revelação especial, revelação aos profetas, a Bíblia é a revelação da Palavra de Deus, inerente, infalível e eterna.

Últimos dias “pelo Filho”, Esta revelação é muito maior do que aquela dada através dos profetas. Jesus a última revelação de Deus, o Verbo que se fez carne, JESUS veio mostrar quem é Deus.

V – 2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. Herdeiro de todas as coisas, a supremacia do Filho será manifestada na consumação da história. Porque tudo foi criado por ele (João 1:3) (Cl 01h16min).

O autor de Hebreus, sua grande intensão é mostrar a superioridade do FILHO.

V – 3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas.

Resplendor da sua glória, aqui o autor do livro de Hebreus não está falando de um atributo personificado, mas da pessoa divina, que entrou na história para purificar os pecadores.

A expressão exata do seu ser, aqui o autor neste versículo descreve tanto a unidade do Filho como a do Pai, como também deixa a distinção entre as pessoas divinas.

O REI DA GLÓRIA É SUPERIOR AOS ANJOS

V – 4 Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

V – 5 Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?

Porque Ele tem o seu nome superior:

. Jamais um anjo foi chamado de Filho de Deus.

. Eternamente gerado do Pai

. Mesmos atributos do Pai

. O Novo Testamento também O identifica como igual a Deus o Pai, e, por conseguinte coe terno com Ele (Fl 2:6-7; Cl 2:8-9;).

Realiza as mesmas obras do Pai

. Ele e o Pai somos um. Quem vê o Pai vê a mim (João 14:9)

. Os anjos são mensageiros de Jesus, na segunda vinda do Senhor os anjos estarão presentes recolhendo os remidos.

V – 6 E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.

Jesus entra no mundo como unigênito (João 03h16min) Ele retornara como primogênito, quando crê em Jesus você se torno filhos de Deus (João 01h12min), os anjos são adoradores dos Filhos, o Filho não adora mais é adorado pelos anjos (Deuteronômio 32h43min).

V – 7 E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labaredas de fogo.

A natureza superior de Cristo, citação do Salmo 104:4 no novo testamento, nos mostra a importante distinção entre Deus, o Criador, e anjos, seus ministros. Jesus é Deus, digno de adoração, em contraste com os anjos, que são ministros que servem à disposição do seu Criador.

V – 8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino.

Deus Pai se dirige ao Deus Filho, mostra que ele tem o trono:

. Soberano

. Trono é eterno, o Filho é o Senhor

. Os anjos são os seus súditos

. A Bíblia diz que todos os reis são colocados nos seus pés

. Seu trono é inabalado

V – 9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

O filho é o fundador do Reino de justiça, Ele é o Rei eterno. “““ ““ O termo” companheiros” está relacionados aos crentes que vivam uma vida santa e que hão de reinar com o Filho em Seu Reino.

Deus já falou! Deus colocou Jesus no trono, como nosso Senhor e Cristo (Atos 2:22-36). “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:8).

V – 10 E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.
V – 11 Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão,
V – 12 E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão.

V. 10 Proclama a Jesus o Messias como o Criador (Jo1:três)

V. 11 Perecerão, declara o fato de que trauma mudança quanto à criação, o Filho é eterno.

V. 12 E como um manto os enrolará, e serão mudados, refere-se à superioridade do Criador sobre a criação, Ele é eterno.

V – 13 E a qual dos anjos disseram jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?
V – 14 Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de Assenta-te à minha destra a salvação?(Hebreus 1:1-14)

Assenta-te à minha destra, uma posição de honra, sendo o lugar de Cristo, Jesus é o único, esvaziou-se a si mesmo, nome este que está acima de todo nome, Deus faz com que todos os inimigos de Cristo fiquem completamente impotentes (1co15:24-25)

V. 14 Herdar atendem só aqueles que têm feito de Cristo seu Salvador. Ele reinará para sempre… sempre…..sempre. O Filho salvará todos os seus escolhidos aquele que o Pai escolheu antes da fundação do mundo. Aqueles porque morreu na Cruz. Nenhum daqueles que Cristo morreu se perderá.

A salvação será consumada.

Deus abençoe a vida de cada um!

A Salvação

Oração: Pai Santo Criador de todas as coisas, te damos graças por Quão grande és em sabedoria, é inescrutável, criaste um plano por amor a nós, para nos livrar do inferno, graças te damos, porque sabemos que seremos salvos pela tua graça mediante a fé em Cristo Jesus. Perdão pelo os nossos pecados, faça a Tua vontade, te pedimos pelos enfermos, pelos jovens, crianças, enlutados e todos os nossos irmãos carente de Ti.Queremos te pedir à luz da Tua Palavra, desperte o querer como o efetuar segundo a tua vontade, em entendimento da Tua Palavra, em cada irmão, poque a fé vem pelo ouvir, receba toda honra e glória para Ti, oramos em Teu Santo nome meu Senhor Jesus.

A Salvação

Vejamos o significado da palavra salvação. A palavra salvação, tem sua origem no grego – sozo palavra grega salvar manter são e salvo resgatar do perigo ou destruição 1a alguém de dano ou perigo 1a1 poupar alguém de sofrer de perecer i e alguém sofrendo de uma enfermidade fazer bem curar restaurar a saúde 1b1 preservar alguém que esta em perigo de destruição salvar ou resgatar 1b salvar no sentido técnico usado na bíblia 1b1 1a livrar das penalidade do julgamento Messianico. Ato pelo qual Deus livra a pessoa de situações de perigo (#Is 26.1), opressão (#Lm 3.26; Ml 4.2), sofrimento (#2Co 1.6), etc. 2) Ato e processo pelo qual Deus livra a pessoa da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova, cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus (#Lc 19.9-10; Ef 1.3,13). A salvação deve ser desenvolvida pelo crente (#Fp 2.12), até que seja completada no fim dos tempos (#Rm 13.11; 1Pe 1.5; 2.2). dicionário bíblico strong e on line

O que é a salvação? A salvação é plano de Deus para resgatar seus filhos da condenação eterna, ou seja somos salvos de ter que encará-lo em sua ira no dia do juízo. É o Próprio Deus mediante a fé em Jesus Cristo quem salva os homens. Através da sua Graça (dom, favor não merecido).A salvação é gratuita e não depende de pagamento, de sacrifícios ou algum esforço do homem; o sacrifício de Jesus é tudo o que precisamos para viver eternamente com Deus.

Criação – Nos primeiros capítulos de Gênesis, Moisés nos conta que Deus criou todas as coisas em seis dias e no sétimo descansou, foi no sexto dia que Adão e Eva são criados à imagem e semelhança de Deus.( raciocínio e lógico), o papel do homem no mundo, estando acima de toda criação, não havia nem dor e nem tristeza, Adão e Eva tinha acesso à árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:9) viviam na companhia de Deus.

A Queda

No jardim do Éden Deus faz realiza o um pacto de obras com o primeiro casal, para não comerem o fruto da árvore do bem e do mal. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gênesis 3:8), e viveriam eternamente. Porém influenciada pela serpente( personificação do satanás), Eva desobedece a Deus, comendo do fruto proibido e também dando ao seu marido Adão. A partir desse ato de desobediência há o que chamamos de “queda da humanidade“. Agora eles conheceram a vergonha a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus.

Quando Adão e Eva pecaram contra Deus, eles morreram de duas formas:

Espiritualmente, esta morte é instantânea, onde eles foram separados de Deus e tornaram-se inimigos de Deus ( Rm3:23 Ef 2:1-3).

Fisicamente – Não foi instantâneo, mas a estrutura do corpo humano foi mudada, pois passou haver dor, sofrimento,e por fim morte corporal. Nesta queda, a imagem de Deus, presente no homem foi distorcida, o pecado corrompeu todas as áreas humanas, sentimento, pensamento, moralidade, espiritualidade etc. Assim a queda não afetou apenas Adão e sua esposa(Eva),mas toda essa deformação da imagem de Deus passou para os seus descendentes. A humanidade está debaixo da ira justa de Deus, pois todas as obras dos homens se resumem em idolatria e corrupção humana é também chamada de pecado original. O Apóstolo Paulo retrata o estado em que a humanidade se encontra:

Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda;Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só. Rm 3:10-12

A Justiça de Deus – No momento da queda, Deus aplicou a sua justiça, exigiu a morte ( Gn 2:17) e destruição de Adão e Eva, devido o pecado e desobediência e quebra da aliança. Em Gênesis 3:15 Deus profere sobre a serpente, surge o primeiro vislumbre, uma promessa de esperança, que é chamada de protoevangelho, ou primeiro Evangelho. ” E porei inimizade entre ti(serpente)e a mulher, entre a tua semente(da serpente)e a sua semente(da mulher)esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar. Aqui temos a primeiro promessa sobre a vinda de Cristo. A Justiça é um atributo de Deus, é uma das Suas características próprias. Ser justo é uma qualidade fundamental da natureza de Deus. A justiça de Deus se manifesta através de Jesus Cristo e é expressa nas Suas ações e no cumprimento das exigências da perfeição do próprio Deus.

Porque necessitamos da salvação?

O homem caiu, esta debaixo do pecado. Deus não suporta o pecado, agora estamos separados de Deus ( Isaías 59:2). Não há um justo, nem um sequer. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Rm 3:10,23). Como estamos todos debaixo do pecado, a maior consequência é a separação entre Deus e o homem, como Deus á fonte de toda vida, este é o motivo da morte., todos estamos destinados a morrer, a morte foi imposta pelo pecado, uma barreira foi erguida separa o homem de Deus. Agora a partir da queda, do primeiro homem,Adão (Rm 5:12) o homem passa a ser criatura de Deus, deixando de ser filhos.

Pecado – È tudo aquilo que transgride a Lei de Deus sendo contrário ao Seu caráter.

O caminho da Salvação.

Estamos separados de Deus, porque Deus não suporta o pecado. Deus é Santo, a sua natureza de santidade não permite o pecado, a morte foi imputada pelo pecado, uma barreira foi erguida entre Deus e o homem.

Consequência – Morte espiritual ( Rm 6:23). O homem é formado de corpo(matéria) alma (que representa a nossa personalidade). O espírito é a parte do homem que tem ligação com Deus, todo relacionamento entre o homem e Deus, é através do espírito do homem. Quando o homem encontra-se com a glória de Deus é no espírito. Quando o homem esta em estado de pecado, o seu espírito esta morto ( Ef 2:5). Estamos nós ainda mortos em nossas ofensas.

E qual o estado final dessa morte espiritual? Separação do Criador com sua criação (homem),o estado final é a condenação eterna, o inferno.

A salvação e suas características

A salvação tem que ser em vida Lc 16:19-31 Parábola do rico e de Lázaro.

A salvação é individual, ninguém consegue se salvar. Deus não nos pune pelos os nossos pecados de outras pessoas. Cada pessoa é responsável pelos seus próprios pecados e por suas ações perante Deus (Ez 18:4)

A salvação tem preço?

A Palavra de Deus nos diz que: mais vale uma alma do que o mundo inteiro.

Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Mc 8:36

Nossas obra pode nos salvar?

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie; (Efésios2;8-9). A salvação não é uma conquista das obras, mas uma oferta da graça. Não somos salvos por obras e nem obras mais fé. Somos salvos pela graça mediante a fé em Jesus Cristo o Filho de Deus.

A Bíblia diz que a salvação vem somente de Jesus, sem ajuda de Jesus ninguém consegue se salvar ( Atos 4:12)

Nenhum esforço humano, nenhuma igreja pode nos salvar, nenhum sacrifício pode nos salvar, nenhuma obra, nenhuma vida justa, sentido a pessoa acha que levou a vida sempre justa, nada vai nos salvar. Mas, a todos quantos receberem a Cristo, recebem o poder de serem feitos filhos de Deus. A fé em Cristo é a única condição para a “salvação”.

Quando Jesus foi interrogado pelos discípulos: – quem pode então ser salvo? Jesus respondeu: Aos homens é impossível (Mt 19:25-26).

Qual a solução para o homem ser salvo? Para o homem chegar até Deus é necessário que se purifique de todo pecado.Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer. Rm 3:10. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Rm 3:23, Deus declara o plano da salvação.

O plano da salvação é o nome que se dá à expiação sobre à salvação em Jesus., O plano da é uma obra exclusiva de Deus. Portanto, Deus mesmo determinou pagar o preço do pecado. Desta forma, o amor de Deus pelo homem poderia ser manifestado, ao oferecer ao homem a oportunidade da salvação. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus poderia ser satisfeita pelo preço pago pelo pecado.

O que é Expiação ? É o plano que Deus criou para salvar a humanidade do pecado, através de Jesus. è um ato pelo qual o pecado foi cancelado. Deus não poderia simplesmente fingir que não houve pecado, pois Ele seria injusto, e teria que deixar de ser Deus. Assim como todo crime deve ser punido devidamente, todo pecado tem como consequência a morte. Tendo Cristo morrido como substituto em nosso lugar, a misericórdia de Deus nos alcança, pois sua ira e justiça foram satisfeita.

“Por causa da Expiação e da Ressurreição de Jesus Cristo, a morte física é apenas temporária: “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Coríntios 15:22”

O Antigo Testamento e o problema do pecado.

O pecado nos separa do Criador, então entendemos que  “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). A questão do papel do sangue na remissão dos pecados. O sangue está ligado à vida (Gênesis 9:4); o derramamento de sangue está ligado à morte e, por isso, ao pecado. Já no primeiro pecado quando Adão e Eva pecaram, Deus matou animais para “cobrir” sua vergonha (Gênesis 3:21) ali já houve o derramamento do sangue, ligando diretamente ao pecado.

No Antigo Testamento os fiéis faziam sacrifícios de animais pelo pecado (Jó 1:5; 42:8), era uma forma de apagar os pecados provisoriamente, até o próximo pecado cometido daqueles que se arrependesse.Os sacrifícios no Antigo Testamento eram um ato indispensável do culto, devido à tamanha importância que tinham. Geralmente quando falamos em sacrifício no Antigo Testamento, logo, consideramos a imolação de um animal em oferta a Deus pelos pecados do povo. Aquele que houvesse pecado deveria trazer uma ovelha, um cordeiro, ao sacerdote. O sacerdote então, oraria pelo pecador e colocaria suas mãos sobre a ovelha, significando que os pecados daquele que trouxera a ovelha, seria transferidos para o animal, que em seguida era morto e oferecido a Deus.

Com Moisés, quando Deus instituiu a lei, os israelitas faziam sacrifícios que incluíam o derramamento de sangue (Levítico 6:30). Estes sacrifícios foram necessários somente para mostrar o pecado, conforme o apóstolo Paulo “pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Romanos 3:20). Somente na nova Aliança que a questão do pecado vai ser solucionado, a promessa foi realizada em Cristo Jesus.O Antigo Testamento mostra este problema e nos prepara para aceitar o Salvador que se revelou no Novo Testamento.

Jesus o Cordeiro de Deus – Ato da redenção

A solução para o pecado. João Batista, o precursor do Messias, apontou para Jesus e declarou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O sangue dos cordeiros não era suficiente para tirar os pecados. Por isso, esses sacrifícios precisavam ser repetidos. O propósito deles, era apontar para o Cordeiro imaculado de Deus, que ofereceu a si mesmo, como o sacrifício perfeito e cabal. Jesus veio ao mundo para morrer pelos nossos pecados. Ele morreu e com seu sangue comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação Hernandes Lopes

A redenção, Redimir quer dizer “comprar de volta”. Os homens pertenciam ao Criador, mas se venderam ao pecado para serem escravos da injustiça (veja Romanos 6:6,12-14,16,19,20). Ele, através de Jesus, comprou de volta suas criaturas (1 Coríntios 6:19-20).

Jesus o nosso substituto, o nosso Salvador, tomou os nossos pecados sobre si ( ( 2 Co 5:21). O derramamento de sangue fica vinculado a remissão dos pecados, motivo de Jesus ser o verdadeiro homem, pois apenas alguém da raça humana estava apto para satisfazer a justiça de Deus. Essa redenção só será completa nos finais dos tempos com a segunda vinda de Cristo..

Qualquer pessoa pode ser salva? Jesus pagou o preço por “todos” os pecados, basta crer e confessar como Salvador para ser salvo Rm 10:9-10

Todo aquele que aceitar Jesus como Salvador será recuperado a condição de Filho de Deus.

O Evangelho de Jesus Cristo

O Evangelho de Jesus Cristo, apóstolo Paulo faz referência, como:” O Evangelho é o poder de Deus para salvação do que crê. (Rm 1:16)

A palavra evangelho é traduzida como “boas novas”, neste caso O Evangelho de Jesus Cristo são as boas novas a respeito da Salvação realizada para o homem caído, é a salvação por meio da vida, morte , ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Essa boa noticia dá conta que, na sua infinita misericórdia, Deus providenciou salvação para todos os homens, entregando o Seu Filho unigênito, Jesus Cristo (João 3.16), que, por sua vez, deu a sua vida em preço de redenção por todos (1 Timóteo 2.6), resgatando da perdição muitos (Marcos 10.45).

Conforme o bom prazer do Pai, o Filho eterno, que é um com o Pai e a exata representação de sua natureza, deixou voluntariamente a glória do céu, foi concebido pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem, e nasceu o homem-Deus: Jesus de Nazaré. Como homem, ele andou sobre a terra em perfeita obediência à lei de Deus. Na plenitude do tempo, os homens rejeitaram-no e o crucificaram. Sobre a cruz, ele carregou o pecado do homem, sofreu a ira de Deus, e morreu no lugar do homem. Ao terceiro dia, Deus o ressuscitou da morte. Esta ressurreição é a declaração divina de que o Pai aceitou a morte de seu Filho como sacrifício pelo pecado. Jesus pagou a penalidade pela desobediência do homem, satisfez as demandas da justiça e aplacou a ira de Deus. Quarenta dias após a ressurreição, o Filho de Deus ascendeu ao céu e se assentou à destra do Pai, e foi-lhe dada glória honra, e domínio sobre todas as coisas. Ali, na presença de Deus, ele representa seu povo e intercede junto a Deus em seu favor. Deus perdoará plenamente a todos quantos reconhecem seu estado de pecado e incapacidade, e se lançam sobre Cristo, sendo por ele declarados justos e reconciliados a ele. Este é o evangelho de Deus e de Jesus Cristo, seu Filho. Paul Washer

Meu irmão esperamos que reflita sobre a sua salvação, Jesus é a porta que te leva à salvação.

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9

A mudança na vida do homem que crê nas promessas de Deus, tem como resultado:

Será filho de Deus – Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome( Jo 1:12 ; Gl 3:26 )
Gerado de Novo – Segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição dos mortos ( 1Pd 1:3 )

Vida eterna – Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Deus abençoe sua vida!

Bibliografia – Soteriologia Teologia para Todos

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Salvação Pela Graça, por C. H. Spurgeon

Salvação Pela Graça, por C. H. Spurgeon

Por Charles Haddon Spurgeon | 3 anos atrás

Salvação Pela Graça, Sermão Nº 2741. Enviado para ser lido no dia do Senhor, 25 de agosto de 1901. Pregado por C. H. Spurgeon, em New Park Street Chapel, Southwark. Numa noite de quinta-feira, no verão de 1859.

“Pela graça sois salvos.” (Efésios 2:5)

O erro cardeal contra o qual o Evangelho de Cristo tem de lidar é o efeito da tendência do coração humano a confiar na salvação pelas obras. O grande antagonista à verdade de Deus como é em Jesus, é que o orgulho do homem o leva a acreditar que ele pode ser, pelo menos em parte, o seu próprio salvador. Este erro é a mãe prolífica de multidões de heresias! É através desta mentira que o puro fluxo da verdade de Deus foi manchado de modo que, em vez de fluir em um claro rio puro, tem sido, infelizmente, poluído. Houve muitos que tentaram impedir o escoamento da água da vida, ou desviar o fluxo de sua própria corrente. Muitos tentaram misturar as fantasias e falácias dos homens com a verdade como ela é em Jesus, a fim de, assim, torna-la mais aceitável à pobre, caída, natureza humana.

É minha convicção que todas as grandes reformas na Igreja de Cristo devem ter por sua base a declaração da doutrina revelada no meu texto: “Pela graça sois salvos”. A tendência da Igreja, como a do mundo, é voar para longe desta verdade que é realmente a suma e a substância do Evangelho. O abandono desta doutrina é, em minha opinião, a essência dos muitos erros que, surgindo ao longo do tempo, têm perturbado e dividido a Igreja e mancharam a beleza da esposa de Cristo.

Em todos os momentos, sempre que esta doutrina tem sido obscurecida, a Igreja tornou-se ou herética ou Laodicense. Ela tem ou mantido alguma heresia perigosa e condenável, ou ela manteve apenas uma parte da verdade e segurou-a com uma tão fraca compreensão que perdeu o seu antigo poder em suas mãos, de modo que seus inimigos prevaleceram contra ela. Os homens mais poderosos de todas as épocas da história da Igreja, aqueles que têm sido o meio de levar o bem maior em seu meio e mais utilidade para o mundo, foram aqueles que, erguendo-se como Sansão, quando chamados a fazer atos valentes em favor de Israel, fizeram desta a característica distintiva do seu ministério: a doutrina da salvação pela graça em contraposição a da salvação pelas obras.

Nos dias de Agostinho, houve um grave afastamento da simplicidade do Evangelho. E quando ele se levantou e pregou ao mundo esta verdade gloriosa de Deus, houve uma influência para o bem que, creio eu, mitigou a grande heresia Romana, pelo menos por um tempo. Tivesse a Igreja e o mundo ouvido a sua voz e aceitado seu ensinamento, o Papado teria sido uma impossibilidade! Então, mais tarde, quando o Romanismo havia encerado extremamente forte, o Senhor levantou Martinho Lutero que ensinou isso como a grande verdade central do Cristianismo, que os pecadores são justificados pela fé, não por obras. Depois de Lutero veio outro professor distinto da doutrina da graça, João Calvino, um homem muito melhor instruído na verdade do Evangelho do que até mesmo Martinho Lutero foi, e pressionou esta grande doutrina às suas legítimas consequências. Lutero teve, por assim dizer, barragens do fluxo da verdade por quebrar a barreira que mantinha as águas que permaneciam no grande reservatório, mas o fluxo era turvo e levou para baixo com ele muito do que deveria ter sido deixado para trás. Então Calvino veio e lançou sal nas águas e as purificou, de modo que fluiu em um claro, doce, puro fluxo para alegrar e refrescar a Igreja de Deus e para saciar a sede dos pobres pecadores ressequidos.

Calvino pregou, como sua grande doutrina básica, a grande verdade no meu texto: “pela graça sois salvos”. É comum, nestes dias, chamar os ministros que permanecem principalmente sobre esta doutrina, de “Calvinistas”. Mas nós não aceitamos esse título sem qualificação. Nós não temos vergonha disso e preferimos ser chamados de “Calvinistas” do que ter qualquer outro nome, exceto o que é o nosso verdadeiro. Mantemos e afirmamos mais uma vez, que a verdade de Deus que Calvino pregou, a verdade de Deus que Agostinho trovejou com toda a força, era a própria verdade de Deus que o apóstolo Paulo tinha muito antes escrito em suas Epístolas inspiradas e que é mais claramente revelada nos discursos de nosso próprio bendito Senhor! Nós desejamos pregar a verdade de Deus, toda a verdade de Deus e nada mais que a verdade de Deus! Nós não somos os seguidores de qualquer mero homem, nós não derivamos nossa inspiração das Institutas e comentários de Calvino, mas da própria Palavra de Deus!

No entanto, temos as doutrinas comumente chamadas de “Calvinismo” como não sendo outras senão o embasamento essencial das doutrinas da nossa santa fé. Estas foram as verdades que Whitefield pregou e que produziram o grande avivamento em seus dias! E estas devem ser as doutrinas às quais a Igreja de Deus deve voltar novamente, se a Igreja de Roma deve ser arrasada até os alicerces profundos, ou as almas devem ser convertidas em grandes multidões ou o Reino de Cristo por vir!

Meu texto se refere à doutrina da salvação pela graça e, vindo a ela, peço-lhes que notem, em primeiro lugar que o apóstolo aborda certas pessoas que foram salvas. Em seguida, eu quero que vocês observem os significados do termo “graça”, como aplicado nas Escrituras. E terminarei com algumas inferências de consolo e práticas.

I. Em primeiro lugar, O APÓSTOLO SE DIRIGE A CERTAS PESSOAS A QUEM ELE DIZ: “VOCÊS ESTÃO SALVOS”. Ele não diz: “vocês serão salvos”, ou “vocês têm esperança de serem salvos”. Ele fala com eles como pessoas já “salvas”. Agora, não há pessoas na face da terra que possam ser descritas corretamente como “salvas” a não ser que delas possa também ser dito que elas são salvas pela graça!

Eu vejo duas coisas nesta parte do meu texto e, em primeiro lugar, o apóstolo menciona uma salvação presente. Ele não fala com as pessoas que estavam para ser salvas quando morressem ou que esperavam ser salvas em algum estado futuro, mas ele se dirige aqueles que realmente foram salvos, os quais tinham a salvação, não em perspectiva, mas em gozo presente, que já tinham passado de um estado de condenação para o de salvação e que olharam para a sua salvação como sendo tão segura, tão certa, tão realmente deles como suas casas, suas terras ou suas vidas!

Uma presente salvação não pode ser consistentemente pregada por qualquer lado senão por aqueles que seguem a doutrina de que a salvação é pela graça. Existe um Católico Romano em todo o mundo, que, em harmonia com o seu próprio credo, pode dizer que ele é salvo? Não, não há nenhum! Na verdade, uma mentira quanto a esta crença é que não professam colocar alguém em uma posição na qual ele pode dizer: “Estou salvo”. Não, a Igreja de Roma não só adia a salvação para o dia da morte, mas de forma positiva para além dela! Havia Daniel O’Connell, de quem o Papa disse que ele era o seu maior sujeito na Europa, mas não ocorre que há muitos anos fomos informados de que ele estava no “purgatório”. Foi uma coisa difícil que um tal fiel discípulo do Papa devesse ser enviado para lá, mas ele não era pior do que os bispos, arcebispos e cardeais, pois, de acordo com o ensino Romanista, todos eles vão para o “purgatório!”. Claro, o Papa os deixa fora depois de um certo tempo, mas isso é tudo o que ele professa oferecer, a salvação depois de um período futuro indefinido; “você está salvo agora”, ele nunca pretende dizer isso a ninguém, isso seria uma mentira muito grave mesmo para o Papa e os padres de Roma proferirem! Não existe tal coisa como uma salvação presente em toda a Igreja de Roma.

Nem isso é possível em qualquer sistema, exceto o da salvação pela graça. Traga os bons Dissidentes, e os bons clérigos, os homens e as mulheres que são regulares em sua participação em ordenanças exteriores. Quaisquer que as cerimônias de suas igrejas possam ser, e eles as observem com o labor mais incansável. Eles foram “batizados” e confirmados. Eles têm “tomado o sacramento”, ou sentando- se à mesa da comunhão, de acordo com a fraseologia de suas diferentes igrejas diferentes, e eles acreditam que, pela sua constante atenção aos ritos exteriores de adoração, eles certamente serão salvos! Mas fale com qualquer uma dessas pessoas, e pergunte se ela pode dizer: “eu sei que os meus pecados estão perdoados”, ela ficará surpresa com sua pergunta, e responderá: “eu não teria a presunção de dizer uma coisa dessas!”

Apele para o melhor deles, o mais dedicado, o mais sincero, o mais incansável dos que buscam a salvação por suas próprias obras, e pergunte se eles obtiveram a vida eterna. Você não pode encontrar alguém que tenha feito isso; eles estão todos esperando que, pela misericórdia de Deus, eles possam de alguma forma e em algum momento ser salvos, mas nenhum deles declarará que eles já estão salvos.

Daqueles que se unem a nós na comunhão da igreja, eu frequentemente ouço comentários como este: “eu fui à minha igreja todos os dias da semana. Repeti as orações regularmente, mas eu nunca encontrei nenhum descanso para minha alma, até que eu confiei totalmente em Cristo”. De outros que participaram de certos lugares Dissidentes de culto, tive expressões como esta: “Eu fui até a Casa de Deus e ouvi meu ministro exortar-me a ser paciente na doença, amar meu Deus e meu vizinho, e eu tentei fazer o meu melhor para obedecer suas exortações, mas eu nunca poderia dizer que eu era um homem salvo, ou usar a linguagem confiante da esposa, “meu Amado é meu, e eu sou dEle”, até que eu aprendi que a salvação é obtida de graça e, por Sua graça, e confiei na obra consumada do Senhor Jesus Cristo.”

Não, meus queridos amigos, segundo a teoria da salvação pelas obras, seja qual for a forma que possa tomar — se ela aparece com o traje do Papado, ou se esconde sob o véu do Protestantismo — é sempre substancialmente a mesma, as próprias obras de um homem não conseguem oferecer-lhe a bênção de uma salvação presente! Tome a teoria Arminiana, que é a menos censurável de qualquer forma de salvação pelas obras, corte-a em pedaços, e você descobrirá que há uma forte mancha de Papismo até mesmo ali.

“Mas”, alguém pergunta: “os Arminianos não se alegram em dizer que eles já estão salvos?”. Sim, mas sua afirmação é contrariada pela garantia que eles vão te dar diretamente mais tarde, para que [não] possam finalmente perecer. Embora eles já estão salvos, a sua segurança é algo parecido com o de um marinheiro naufragado, que, depois de ser jogado para lá e para cá em um mar tempestuoso, é levado até uma pedra, da qual ele pode ser realmente arremessado de volta para as ondas furiosas!

Sua segurança não é como a do homem que foi levado para o farol, ou trazido à terra no barco salva-vidas, pois eles acreditam que, depois de tudo o que eles experimentaram, eles podem ser perdidos. Não é a salvação que o Arminiano possui, ele só está em um estado salvável. Sua condição é a de um homem que, se ele continuar a se arrepender e crer, será salvo, mas ele não está verdadeiramente salvo no presente, ele não foi edificado sobre aquela certeza, seguro fundamento sólido sobre o qual o verdadeiro crente está descansando. Ele não pode cantar, com Toplady:

“Os terrores da Lei, e de Deus

Comigo nada podem fazer!

A obediência e o sangue do meu Salvador

Ocultam da vista todas as minhas transgressões!

Meu nome das palmas de Suas mãos

A eternidade não apagará,

Gravado em Seu coração permanece

Em marcas de indelével graça.

Sim, eu até o fim perseverarei,

Tão certo quanto o penhor é dado,

Mais felizes, porém não mais seguros,

Sãos os espíritos glorificados no Céu!”

Tal salvação como essa, presente, agora desfrutada em toda a sua plenitude, em todas as suas riquezas, em todos os seus comprimentos, e larguras, e profundidades e alturas ilimitados, não é possível em qualquer outro sistema, senão no da salvação pela graça, e pela graça somente! Dentre todos os homens vivos, nós que pregamos a doutrina da salvação pela graça podemos proclamar a salvação presente em toda a sua plenitude. Em nosso texto também vemos que o apóstolo fala de uma salvação perfeita. Nós ensinamos que no momento em que um homem crê em Cristo, ele não é meramente colocado em um estado salvável, não meio salvo, ele não é colocado em uma posição em que, se permanecer, será salvo, apenas a respeito da qual há um receio que ele possa cair, mas que ele já está completamente salvo! Eu realmente acredito que os santos no Céu, ainda que eles tenham recebido a coroa da salvação, não são, quanto à sua realidade essencial, mais verdadeiramente salvos que o menor e mais fraco crente em Cristo que está lutando com enchentes de tentação aqui na terra.

Pois, o que é que ser salvo? É ter o pecado perdoado e ser “aceito no Amado”. No momento em que um pecador crê em Jesus, seus pecados são perdoados tanto quanto sempre serão! Eles são tão completa e definitivamente apagados do livro memorial de Deus, como eles seriam se ele vivesse mil anos de piedade. Ele é tão completamente purificado, quanto à consideração do perdão de seus pecados, como ele será quando estiver à direita do Juiz no último grande Dia. Ser salvo, no entanto, inclui mais do que perdão dos pecados; inclui a imputação da justiça de Cristo, e, neste sentido, também, o mais inferior crente nEle é tão salvo como os espíritos celestes no Paraíso acima. O manto da justiça de Cristo está lançado sobre os Apóstolos? Então ele está, a esta hora, em torno da pessoa mais miserável do mundo, que está confiando em Jesus! Aqueles que cantam louvores a Deus diante de Seu trono na glória estão vestidos no belo linho branco, que é a justiça dos santos? Assim também estão todos os crentes aqui em baixo! Cada santo é, como diz John Kent:

“Em sua imaculada veste,

Santo como o Santo.”

Coberto com a justiça de Cristo, Deus não vê nenhuma mancha em Seu povo!

“Mas”, pergunta alguém, “os santos no céu não estão mais seguros do que os crentes sobre a terra?”. Os crentes na Terra não são seguros da tentação, mas eles estão seguros da destruição; não de aflição, mas de condenação! Eles não estão isentos de preocupações, miséria e sofrimento, mas eles estão sempre livres da ira de Deus e da condenação do inferno. Um anjo no céu não está mais seguro do amor eterno de Deus do que está o crente mais fraco sobre a terra! Se sua alma está comprometida nas mãos de Cristo, você nunca pode perecer! Eu não falo mais fortemente do que as Suas próprias declarações, pois Jesus disse: “as minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem, e eu lhes dou a vida eterna, e nunca hão de perecer”. Para a mulher no poço de Sicar, nosso Salvador disse: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; mas a água eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. Nós somos completos nEle, aperfeiçoados em todos os fundamentos da salvação!

Agora, observe que sob nenhum outro sistema de doutrina qualquer a perfeita salvação é contemplada neste mundo exceto sob esse regime, que ensina que somos salvos pela graça. Sob o plano de salvação proposto pelos sedendos-por-obras, não há completude em qualquer de seus aspectos. Sob a antiga dispensação Mosaica no qual Deus Se revelou mais claramente como o Juiz de Seu povo, todos os “pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano” não poderia “aperfeiçoar os que a eles se chegam”. Havia “nesses sacrifícios, porém, cada ano… comemoração dos pecados” [Hebreus 10:3]. Contudo, por mais atenciosos que todos pudessem ser a todas as observâncias da lei cerimonial, a salvação deles não era perfeita. Mas Cristo, “com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados” [Hebreus 10:14] e, por isso, “Ele está assentado à destra de Deus” [Hebreus 10:12].

Agora, se sob essa forma mais nobre do Pacto de obras, a salvação completa não era assegurada, como é susceptível de ser atingido em qualquer um desses sistemas corruptos em que, enquanto os homens professam deixar de lado o velho Pacto de obras, eles ainda esperam encontrar a salvação? Nenhum homem, senão aquele que acredita nas doutrinas da graça fala sobre estar completamente salvo. Pergunte ao Arminiano — a mais séria e melhor espécime, por vezes, o melhor dos homens, embora miseravelmente enganado quanto às suas crenças — o que pode ele dizer? Ele diz a você que se ele persevera em fazer o bem, na fé e no arrependimento, ele será salvo. Pergunte se ele está completamente salvo, ou se ainda há algo mais a ser feito e ele lhe dirá que há muitos passos ainda a serem dados antes que ele alcance a salvação completa. Ele pode falar sobre a justiça consumada, mas ele não sabe como ela é alcançada!

Sustentamos que os crentes são completos em Cristo, mesmo agora, e que, quando eles vierem a morrer, eles entrarão em Sua presença como estando já perfeitos nEle. Como é doce desfrutar de uma salvação presente, que é, ao mesmo tempo, uma salvação perfeita! Quão gratos nós devemos ser por isto nos ser apresentado no Pacto da graça e nos ser revelado naquelas porções abençoadas das Sagradas Escrituras que nos dizem sobre a maravilhosa graça de Deus, que Ele manifestou para com o Seu povo! “Vocês estão salvos”. Quão doces são estas palavras! Façamos uma pausa, amado, por um momento ou dois, e nos alegremos nisso: “sois salvos”, salvos agora, neste presente instante, se sois crentes no Senhor Jesus Cristo!

II. Agora nós observaremos OS SIGNIFICADOS DO TERMO “GRAÇA”, COMO EMPREGADO NAS ESCRITURAS. “Porque pela graça sois salvos”.

Em primeiro lugar, isso significa que, se somos salvos, deve ser uma questão de livre favor. Não há nada em nós que jamais poderia merecer estima de Deus, ou dar-Lhe tanto prazer como a leva-lO a conceder-nos as bênçãos da salvação eterna. Se perguntarmos por que todos os indivíduos não são resgatados das ruínas da Queda e habilitados a crer em Jesus, a única resposta é: “Sim, ó Pai, porque assim pareceu bem aos Teus olhos”. Certamente, nós não fomos salvos por causa de nossos talentos, pois os mais talentosos muitas vezes permanecem inconversos. Nós não fomos salvos por causa de nossa riqueza, pois a maioria de nós não têm nenhuma. Nós não fomos salvos por causa da excelência de nossa disposição, ou a santidade de nosso caráter, pois, até mesmo desde a nossa conversão não podemos pensar em nossos melhores serviços sem vergonha e confusão de rosto. Se eu olhar para o povo de Deus, seja em geral ou como indivíduos, em vez de imaginar que havia algo neles para fazer com que Deus os amasse, eu sou obrigado a dizer que parece ter havido muito mais para movê-lO a destruí-los do que para salvá-los! Todos os crentes aqui não confessarão que eles são salvos não por causa de alguma coisa boa em si, mas por causa da graça mais plena, e livre, e sem restrições?

Além disso, nós somos salvos pela graça, por uma questão de operação Divina. Desde o primeiro santo desejo na alma, até o último grito de vitória na hora da morte, a salvação é pela operação do Todo-Poderoso. Tudo o que em vocês não é operado pela graça de Deus será um prejuízo, não uma bênção para vocês. Se algum de vocês tem uma fé, ou um arrependimento, ou qualquer condição de coração ou de vida que é de sua própria criação, livre-se deles, pois não há nada de bom neles! Essa chamada fé que não é o dom de Deus, na verdade não passa de presunção, e o arrependimento que não é a tristeza piedosa operada por Deus na alma, precisa se arrepender! Tenho certeza de que tudo o que há de bom em qualquer santo deve ter sido colocado lá pelo Espírito Santo, pois não teria surgido de si mesmo. No coração humano, naturalmente crescem ervas daninhas, mas não aquelas exóticas e raras flores do Céu, as graças Cristãs! Estas devem ser Divinamente plantadas e nutridas, e crescer inteiramente pelo exercício daquela mesma Onipotência que ressuscitou Cristo dentre os mortos!

Irei ainda mais longe e digo que, se a graça Divina deve levar-nos a cada centímetro da estrada para o Céu, caso isso não aconteça em um, estaremos perdidos por causa desse último centímetro! Se, no edifício da salvação da nossa alma, existe somente uma pedra deixada para nós a colocarmos em seu lugar, sem ajuda da graça de Deus, aquele edifício nunca será concluído! Do princípio ao fim, tudo deve ser pela graça. Concordo com o maior doutrinalista sobre este ponto, que não há, e não pode haver uma coisa boa no coração de qualquer homem, se não foi operado nele pela graça soberana de Deus.

“Bem, mas”, diz alguém, “não é o dever dos homens arrependerem-se e crer?”. Certamente é, mas eu não estou falando de seu dever. A falta de poder não os desculpa da obediência ao mandamento de Deus. Se um homem devia mais de mil libras, seria seu dever pagar sua dívida, tenha ele capacidade ou não. E, na medida em que é dever do homem se arrepender e crer, aqui é a glória da graça de Deus que se manifesta, em que Ele realiza, pela Sua graça, o que o homem nunca poderia ter feito! Eu posso verdadeiramente dizer que, tanto quanto eu tenho ido na vida Divina, não há nada de bom em mim, senão aquilo que vem de Deus. Deixe que os outros deem o seu próprio testemunho, se eles possuem alguma coisa boa que eles têm produzido, deixe-os gloriarem-se nisto! Mas não tenho nada do que me gloriar e digo ao Senhor: “Tu tens operado todas as minhas obras em mim, tanto quanto elas têm sido boas, mas, em relação a mim mesmo, eu cobriria o rosto e clamaria, ‘imundo, imundo, imundo’”.

III. Agora, para concluir, eu quero extrair algumas INFERÊNCIAS CONSOLADORAS E PRÁTICAS.

Primeiro, quão humilde deve ser o homem que é salvo pela graça! O Arminiano diz que ele pode ficar de pé ou cair de acordo com sua própria vontade. Ele não deveria se orgulhar? Que bom sujeito ele é! Cante um Salmo em sua própria honra, senhor, e quando você chegar ao Céu, tome toda a glória para si mesmo! Você diz que tem feito sua própria parte, você admite que o Senhor realizou um grande empreendimento para você, mas que a sua livre e espontânea vontade resolveu a questão. Muito bem, então dê a glória a si mesmo, cante seus próprios louvores para todo o sempre! Mas o verdadeiro crente diz: “Eu era como o barro nas mãos do Oleiro, quando o Senhor iniciou comigo. Eu estava sem sentido, morto, corrupto até que o Senhor me tomou pela mão, e me vivificou, e me transformou e me fez o que sou, e eu voltaria ao que eu era antes, se Ele não me preservasse por Sua graça. Mas eu sei que o que Sua graça começou, Ele certamente completará, e a Ele seja toda a glória!”

Então, se somos salvos pela graça, nós, dentre todas as pessoas devemos ter compaixão daqueles que estão fora do caminho. Se estamos na estrada para o Céu, nós fomos trazidos para ela por graça e, portanto, devemos ser muito atenciosos com aqueles que não estão nele. Aquele bom homem, John Newton, costumava dizer: “Um Calvinista que fica irritado com os ímpios é inconsistente com sua profissão. Ele sabe que nenhum homem pode receber essa doutrina, exceto pela graça de Deus, assim, se Deus não deu a esses homens a graça de receber esta doutrina, ele deve orar por eles ao invés de ficar bravo com eles, e pedir para que possam receber a verdade em que sua alma se deleita”.

Assim, mais uma vez, aqui está uma palavra de consolo. Se somos salvos — salvos, note você — o que deve fazer-nos tristes e infelizes no coração? “Oh!”, diz alguém, “eu sou tão pobre”. Sim, mas você é salvo! Vocês são crentes em Cristo, então vocês são salvos. “Mas”, diz outro, “estou tão aflito”. Sim, mas você é salvo. “Mas”, diz outro “muitas vezes sou tão negligenciado e desprezado”. Sim, mas você é salvo. Que alegria esse pensamento teria causado há pouco tempo quando a carga de todos os seus pecados estava sobre você! Você costumava dizer: “ah, se eu pudesse, somente ter certeza de que eu fui salvo, eu não me importaria se eu não tivesse nada, senão um pedaço de pão e um copo de água! Se eu pudesse saber que os meus pecados foram perdoados, eu não me importaria de ser preso em qualquer lugar do mundo! Se eu pudesse saber que eu era de Cristo, o mundo poderia dizer o que quisesse sobre mim”.

Agora você sabe disso, por que você está na Rocha e você é salvo, então por que você está triste? Agora, vocês podem ser desprezados, mas, lembrem-se o tempo está chegando quando serão glorificados com Cristo! Agora, você pode estar esquecido por seus amigos, mas os olhos do seu Salvador estão sobre você e seu nome está em Seu coração! Você está triste, sim, mas você está seguro! Se você crê em Jesus, você pode ser derrubado, mas você não pode ser destruído! Você pode ser abandonado por um tempo, mas você nunca pode ser lançado fora! Venham, então:

“Filhos do Rei celestial

Enquanto vocês peregrinam, cantem docemente,

Cantem louvores ao seu digno Salvador

Glorioso em Suas obras e caminhos.”

Por último, uma palavra para aqueles que não podem dizer que são salvos. Meus queridos amigos, há muito neste texto que deveria animar e confortar vocês. Os homens que são salvos são salvos pela graça, pelo favor gratuito de Deus. Não havia nada neles para recomendá-los a Deus. Você tem confessado: “ó Senhor eu não sinto o que eu deveria sentir”. Ele não quer seus sentimentos como uma recomendação. Se salvo, você deve ser salvo por uma questão de livre favor e não como uma questão de mérito, em qualquer sentido que seja. “Mas”, diz alguém, “eu não consigo me arrepender, eu não consigo crer”. Meu caro amigo, você não será salvo por qualquer coisa que você possa fazer em sua própria força. Você precisa de arrependimento. Não tente por si mesmo, o Senhor operará arrependimento em você. Você precisa de fé. Não vá a ponto de buscar a fé em si mesmo, você nunca a encontrará aí, procure em Cristo. Ele é o autor, bem como o consumador da fé!

“Porque pela graça sois salvos”. Vá e leve este texto em cada cova e chiqueiro poluído em Londres! Diga isso para o assassino, o ladrão, o blasfemo, a prostituta! Diga isso para o homem que não consegue se arrepender e não consegue orar, e não consegue crer! Diga a ele que a salvação é pela graça, e operada em nós por Deus o Espírito Santo e, como diz o hino:

“O Céu com o eco deve ressoar

E toda a terra ouvirá.”

Vão, então, meus irmãos e irmãs, e espalhem a doutrina da salvação pela graça, pois este velho lema da Igreja é a fonte de sua vitória! E quando mais uma vez esta for a sua batalha, clamem: seu triunfo é certo! A pedra do topo do templo espiritual de Deus será colocada com brados, “graça, graça a ela”.

***

A Transfiguração de Jesus

Oração: Pai Santo criador de todas as coisas, te agradecemos pelo teu amor, pela a tua misericórdia, te pedimos iluminação do Teu Santo Espírito com a finalidade dos irmãos entender a mensagem da Tua Palavra. Que seja tudo conforme a Tua vontade e não a nossa, abençoe nossos irmãos enfermos, os enlutados, os desempregados e todos carente de Ti. Receba toda honra e glória para Ti, oro em nome do Senhor Jesus.

Relato em Lucas 9:28-36 ( Mateus 17:1-8 e Marcos 9:2-8)

V.28 – E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar.
V. 29 – E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente.
V. 30 – E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias,
V. 31 – Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém.
V. 32 – E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele.
V. 33 – E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia.
V. 34 E, dizendo ele isto, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e, entrando eles na nuvem, temeram.
V. 35 – E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi.
V. 36 – E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só; e eles calaram-se, e por aqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.

Introdução do texto

Transfiguração significa, mudança gloriosa da aparência de Jesus,  fazer parte ou convidar para fazer parte da glória eterna de Deus, Jesus é chamado de transfigurado porque a glória de Deus e a eternidade divina vêm sobre ele.

” Jesus como o filho de Deus pré- encarnado rompe os limites da humanidade na transfiguração em glória com toda sua divindade.”

Análise do texto

V. 28 – Os três discípulos Pedro, João e Tiago, os mais íntimos de Jesus e os mesmos que o acompanharam para o monte das Oliveiras, no jardim de Getsêmani, na noite em que foi preso (conforme Mc 14.33 e Mt 26.37). Lucas não menciona o nome do monte, fala da companhia dos discípulos (Lc 22.39), aqueles que seriam testemunhas.

V. 29 – transfigurou-se, ou seja Jesus resplandeceu em glória toda sua divindade, Jesus Ele revelou a verdadeira glória Ele não era apena um homem Ele o Filho de Deus cheio de autoridade 2 Pedro1.16-21 — Pedro lembra seus leitores de que eles devem ser fiéis porque a segunda vinda de Cristo não é uma fábula. Há três coisas que nos dão certeza de Sua volta: (1) Pedro já tinha testemunhado a magnífica glória de Jesus quando Ele se transfigurou (v. 16-18), o que foi um prenúncio da Sua segunda vinda em glória. (2) O próprio Jesus garantiu que retornaria (Jo 14.18); e (3) A palavra dos profetas do Antigo Testamento também previu a volta de Cristo (v. 19), remetendo para sua segunda vinda no futura quando vem; Jesus é o resplendor da glória, o Todo Poderoso, como antecipação de sua glória e profecia de seu êxodo para o Pai.

V. 30- Surge Moisés e Elias que falam com Jesus. Lucas entende que Moisés e Elias, está indicando que Jesus é o cumprimento da Lei(Moisés) e dos profetas (Elias).

V. 31 – Pareceram com glória, eles também vêm o Reino Celestial, onde conversam sobre a partida de Jesus. Lucas dar uma ênfase em Jesus como o Cumprimento do Antigo Testamento.

V. 32 – Pedro, João e Tiago estavam com muito sono, talvez por causa do cansaço, naquela época eles só faziam as peregrinações aos montes a noite, acreditamos que seja por conta do calor. Mesmo muito cansados e carregados de sono eles viram a sua glória e aqueles dois varões Moisés representava a Lei e Elias representava os profetas, os dois representavam a antiga aliança.

V. 33 – Pedro teve uma reação meio ingênua, comparar Jesus com Moisés e Elias. Quando viu Jesus, Moisés e Elias, juntos na montanha, ele recomendou a construção de três tendas. Que Pedro sugerisse três tendas já era admirável. Moisés era o grande legislador e libertador do Velho Testamento. Elias estava entre os maiores dos profetas do Velho Testamento, arrebatado da terra sem morrer. Ele estava elevando Jesus à mesma posição: Vamos dar para ele uma tenda também! Pedro sua herança judia, ter posto Jesus a par com os grandes Moisés e Elias era algo admirável.

V. 34 – Veio uma nuvem: Assim como a glória, é um sinal que evidenciar a presença de Deus (Êx 16.10; 24.28; 40.34; Nm 9.15; 12.5 e outros).

V. 35 – E saiu uma voz vinda da nuvem: Mais um sinal da presença de Deus (Êx 19.9).Este é meu Filho amado, são uma repreensão por Pedro colocar Jesus no mesmo nível como Moisés e Elias. a ele ouvi, ouça… com reverência. Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo Mt 17:5

Essas referências e relações indicam a razão do evento da transfiguração.
Os discípulos precisavam de uma revelação.

V. 36 – E tendo soado aquela voz, ao final da transfiguração, que revelou Jesus como o próprio Deus, o que sobrou foi a orientação da voz que disse este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi. Depois daquela manifestação os discípulos  nunca esqueceram essa manifestação da glória do Senhor (1 Jo 1.1-4; 2 Pe 1.17)

Resumo

Pouco antes da transfiguração, os discípulos tinham finalmente reconhecido que Jesus era de fato o Filho de Deus (9.18-20). A transfiguração aconteceu muito próxima aos dias em que Jesus foi rejeitado, preso, condenado, crucificado, morto e ressuscitou ao terceiro dia. Jesus havia perguntado aos discípulos: Quem o povo diz que eu sou? E depois das respostas, Jesus perguntou: Quem vocês dizem que eu sou? Pedro, em nome dos demais discípulos, fez a importante confissão: Tu és o Messias que Deus enviou. Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus.

Deus abençoe cada irmão!

EFÉSIOS 1:6-12

Oração :

Pai nosso, Pai amado, Santo é o Teu nome, Criador de todas as coisas, te glorificamos e te adoramos que seja feita a Tua vontade, tanto no céu como na terra, estamos aqui mais uma vez para te agradecer pela permissão por mais um estudo da Tua Palavra, te pedimos perdão por nossos pecados, te pedimos pelos enlutados, pelos enfermos, pelas crianças, pelos os políticos, e por todos carente de ti, receba Senhor toda glória para ti, nós oramos em te Santo nome, em nome do Senhor Jesus.

6 – Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,
7 – Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,
8 – Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência;
9 – Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
10 – De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
11 – Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;
12 – Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; Efésios 1:6-12

Introdução

Paulo o começa com bênçãos relacionadas com atuação de Deus Pai, que escolheu e predestinou um povo, para ser santo diante dEle, antes da fundação do mundo. Paulo na sequência fala sobre mais bênçãos,agorasão as bênçãos que estão ligadas direta com Deus Filho:

Redenção, Revelação do mistério da vontade do Pai, e sermos feita herança de Deus. Essas bênçãos somente pela graça soberana.

Paulo foi enviado por causa do Evangelho, acusado pelos judeus de pregar outro Rei que não fosse Cesar, Paulo apela para ser julgado pelo tribunal de Cesar, o relato esta em atos dos apóstolos cap. 24.

6 – Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado,

Louvor e Glória

V. 6 – Para louvor da glória de sua graça. Paulo demonstrou que Deus nos elegeu para sermos santos e irrepreensíveis com o propósito final, isto é, que a glória de Sua graça possa ser louvada por todas as Suas criaturas, homens e anjos. .As três Pessoas da Deidade desempenham na salvação dos homens, logo a salvação é por meio da graça. Deus nos elegeu nele, em Cristo para que fossemos santos e irrepreensíveis, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para o louvor de sua glória de sua graça. A glória incomparável de Deus brilha em sua graça salvadora. A graça de Deus que se manifestou por meio do Evangelho direcionando os pecadores e os fez agradáveis a Deus

No Amado, a salvação foi realizada por meio de Cristo, em Cristo, Deus nos fez seus filhos por meio do Evangelho, e a predestinação e eleição são referências à garantia divina, conduzindo muitos filhos a Deus (para si mesmo). “E nos predestinou…”, ou seja, nós, os cristãos, somos predestinados por Deus para sermos filhos por adoção

7 – Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,

Redenção – livrar alguém mediante ao pagamento de um preço, a expressão resgate de um escravo, termo muito comum na época por conta do comércio escravo, agora somos libertos por Jesus, seu principal significado é o resgate espiritual dos pecadores que estão escravizados no pecado (Mc 10.45). A libertação do pecador é assegurada com base no preço de resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1 Pe 1.18,19). Pelo seu sangue de Cristo executou a redenção ( morte sacrificial), Jesus redimiu os pecados dos eleitos ao satisfazer a justiça divina ( Rm3:24-26), segundo as riquezas da sua graça, é por meio da graça de Deus. Deus está favoravelmente disposto a fazê-lo, não por causa de algum mérito nos homens, mas porque Ele é gracioso e resolveu manifestar a Sua graça para com os homens.

8 – Que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência;

Sabedoria, tem haver com a concepção de plano, e prudência (executar o plano da salvação) Deus em sua sabedoria manifesta esse plano maravilhoso da salvação, antes da fundação do mundo. Ele cria um mundo de seres morais (humanidade) para que no final tivesse um povo santo e irrepreensível, lavado e perdoado pelo sangue do Seu Filho amado, a graça de Deus foi derramada abundantemente por meio de Cristo sobre os cristãos para o louvor de sua glória, a sabedoria de Deus é infinita.

V. 9 Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,

Tendo nos tornado conhecido o mistério – Deus revelou o mistério da sua vontade em sabedoria, o propósito de Deus foi revelado na riqueza do plano de Salvação, segundo o beneplácito da sua vontade nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo. ( Ef 1:5 e 9). Em Cristo foi revelado o mistério de Deus.

V. 10 – De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;

Dispensação – Aqui significa a dispensação do Evangelho, fazer convergir Nele na plenitude dos tempos, ou seja, no período oportuno, em Cristo todas as coisas tanto nos céus e como na terra estão submetida a Ele. Refere-se o modo como Deus administrou o plano da salvação para o mundo perdido.

V. 11 – Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade;

Feitos herança, em quem, em Cristo fomos feitos herança, fomos predestinados remete aos eleitos ( judeus e gentios à salvação) recebemos o direito de desfrutar o Reino de Deus, como seus filhos adotivos (Rm 8:17) e os meios pelos quais ela deve ser realizada de acordo com o seu propósito, na certeza de ser bem sucedido.

V.12 – Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; Efésios 1:6-12

Os crentes existem para o louvor de sua glória (Is 43:7-21), os versos 6 mostra propósito final, isto é, que a glória de Sua graça possa ser louvada por todas as Suas criaturas, Verso 12 Com o fim de sermos para louvor da sua glória ou seja, essa foi a finalidade no plano da salvação, de sermos para louvor de sua glória.

Que devemos ser para o louvor da sua glória. Aqui, novamente, ele menciona a causa final da salvação; pois, eventualmente, devemos nos tornar ilustrações da glória de Deus, se não formos senão vasos de sua misericórdia. John Calvin

Deus abençoe cada irmão!

Efésios – 1:1-6

Graça e paz do Senhor Jesus esteja com todos irmãos!

Oração: Pai Santo, estamos aqui para te louvar e te adorar, obrigada pelas graças, pelas suas misericórdias, que são infinitas mesmo sabendo que não somos merecedores de nada, obrigada por permitir que estamos aqui fazendo mais um estudo da Tua Palavra, te pedimos Pai que ilumine nossos irmãos que chegarem até aqui para entender a Tua Palavra, te agradecemos por tudo, permita Pai se for a Tua vontade, que não desanimamos e prossigamos firmes, dando-nos sabedoria, obrigada Pai, te pedimos pelos enlutados, desempregados e por todas as crianças, perdoe-nos todos os nossos pecados, receba a glória para Ti, oramos em Teu santo nome meu Senhor Jesus.

Carta de Paulo aos Efésios, a rainha das epístolas.

Circunstância em que se escreveu Efésios.

Uma das cartas mais importantes escrita pelo apóstolo Paulo, chamada carta da prisão. Ele escreveu em sua primeira prisão de Roma, onde esteve preso por duas vezes.Efésios evidentemente foi escrita estando Paulo preso. Ele se chama a si mesmo “prisioneiro de Cristo Jesus” (3:1);”detento no Senhor” que lhes roga (4:1); em sua famosa frase é um”embaixador em cadeias” (6:20). Paulo estava preso e muito perto de seu fim quando escreveu Efésios.

Paulo foi enviado por causa do Evangelho, acusado pelos judeus de pregar um outro Rei que não fosse Cesar, Paulo apela para ser julgado pelo tribunal de Cesar, o relato esta em atos dos apóstolos cap. 24.

A carta foi destinada

Assim, pois, é certo que Efésios foi escrito quando Paulo estava no cárcere por razão de sua fé e que de algum modo tem a mais estreita relação possível com Colossenses.

Agora, quando estudamos mais de perto a Carta aos Efésios observamos que, efetivamente é muito improvável se dirigiu à Igreja de Éfeso. Há razões internas que levam a esta conclusão:
(a) Destaca-se que a Carta foi dirigida aos gentios. Os destinatários da Carta eram “gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne… sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa” (2:11, 12). Paulo lhes suplica: “não mais andeis como também andam os gentios”(4:17). O fato de que se tratasse de gentios não significa, certamente, que a Carta não fosse enviada a Éfeso; mas dá, antes, a certeza de quais eram os destinatários.
(b) É inegável que Efésios é a carta mais impessoal que Paulo escreveu. Do começo até o fim não há nenhuma nota pessoal. Sem as saudações pessoais e mensagens íntimas de que estão cheias as outras cartas. Isto é duplamente surpreendente se lembrarmos que Paulo permaneceu em Éfeso mais tempo que em qualquer outra cidade; esteve ali não menos de três anos (Atos 18:9-10). Além disso, em Atos 20:17-35 podemos ler a despedida de Paulo dos anciãos de Éfeso em sua última viagem, antes de abandonar Mileto. Em todo o Novo Testamento não há uma passagem de maior intimidade e afeto, e frente a tudo isto é muito difícil crer que Paulo enviasse a Éfeso uma carta completamente impessoal e desprovida de toda nota íntima. (c) Ainda mais. A Carta indica que Paulo e os destinatários não se conheciam pessoalmente; só se conheciam por rumores e referências à margem de todo contato real. Em 1:15 Paulo escreve: “Tendo ouvido da fé que há entre vós”. Conhecia a fidelidade das pessoas às quais se dirigia por informação e não por experiência. Em 3:2 lhes escreve: “Se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros”; isto equivale a dizer: “Se tiverem ouvido que Deus me encomendou a tarefa especial e a acusação de ser o apóstolo dos gentios como vós”. O conhecimento que a Igreja tinha de Paulo — neste caso como apóstolo dos gentios — provinha de informações, não do contato pessoal. Assim, pois, a Carta em si tem sinais de que não se adapta às íntimas relações pessoais que Paulo tinha com a Igreja de
Éfeso.
Estes atos poderiam ser levados em conta ou desprezados, mas há um fator externo que emaranha a questão. Em 1:1 nenhum dos grandes manuscritos primitivos do Novo Testamento grego contém as palavras em Éfeso. Todos estes manuscritos dizem: “Paulo… aos santos e fiéis em Cristo Jesus”. E sabemos, pelo modo como o comentavam, que essa era efetivamente a forma em que os grandes Pais gregos da antigüidade conheciam o primeiro versículo de Efésios.

Cartas circulares, outra muito mais provável que consideramos correta. Cremos que os manuscritos primitivos de Efésios não tinham o nome de nenhuma Igreja porque de fato a carta não tinha sido escrita a nenhuma Igreja, mas, antes, era uma circular de Paulo a todas as Igrejas da Ásia. . Leiamos de novo o que Paulo diz em Colossenses 4:16: “E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a igualmente perante vós”.Agora, Paulo não diz que os colossenses devam ler a epístola a Laodicéia mas sim a dos de Laodicéia. É como se houvesse dito: “Há uma carta que está circulando, no presente chegou a Laodicéia. Quando chegar quando lhes for enviada desde Laodicéia têm que lê-la”. Isto soa como se entre as Igrejas da Ásia circulasse uma carta. Pensamos que esta era justamente Efésios.

Aparentemente Paulo tomou conhecimento de que os crentes de Éfeso, da igreja que ele havia fundado, esses crentes estavam angustiados e preocupados porque ouviram falar que Paulo, de alguma forma essa notícia chegou até o apóstolo, sendo ele fundador da igreja se sentia responsável pelos irmãos, então resolve escrever essa carta com objetivo de explicar que a prisão que ele estava sofrendo, era tudo para contribuir para os planos de Deus.

Tema – As riquezas divinas da graça em Cristo para seu corpo

Propósito – Ensinar os crentes sobre a gloriosas riquezas que lhes pertencem por sua união com o Senhor Jesus Cristo crucificado e ressurreto, e chamá-los a andar de modo digno e seus privilégios, o alvo de Paulo era escrever a carta e explicar a igreja de Deus, que não se trata de nenhum perigo espiritual que ameaçava a igreja, em vez disso ele fortalece a igreja saudável. como tendo sendo concebido por Deus, desde a eternidade, implantado no tempo na história através do Evangelho vindo de Cristo e expandida e fundamentada pelos apóstolos, razão esta pela qual Paulo foi preso por pregar o Evangelho aos gentios, este seria o alvo da carta.

Tema A igreja de Cristo é o ápice do projeto que Deus iniciou na eternidade, plano Salvador.

Esboço da carta

A carta é dividida em duas partes:

1 – Efésios apresenta a teologia como doxologia, isto é a verdade de Deus para a adoração de Deus.Teológica, onde Paulo faz exposição de como Deus Pai, Filho e Espírito Santo lá na eternidade concebeu a igreja.

2 – Fala sobre os deveres dos que fazem parte da igreja, a parte teórica e prática.

Capítulo 1: 1-6

V.1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:
V.2 A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!
V.3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
V.4 Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;
V.5 E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
V.6 Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, Efésios 1:1-6

1: 1-2 – Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:
A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!

Saudação: Graça e paz 1:1-2

1.1 – Pela vontade soberana de Deus, Paulo era enviado, um “apóstolo” uma testemunha do Senhor ressurreto, com autoridade conferida por ele para realizar milagres e proclamar a Palavra divina revelada a ele.(3:4-5)

1.2 – Graça – Um propósito amoroso da parte de Deus para com os homens em salvar os pecadores. Paz sentimento de segurança e harmonia com Deus, consigo mesmo e com outros.

O louvor da graça divina em Cristo ( 1.3-14) onde explica a trindade, estes versos é quase uma frase só, na sentença ele explica que a salvação foi cuidadosamente na trindade.

1.3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;

A participação do Pai, Paulo começa Bendito Deus Pai, ou seja temos que bendizer a Deus, Paulo enumera tudo que Deus fez no passado para nos bendizer.

Todas as bênçãos espirituais, são essas que Paulo descreve:

. V.3- Abençoou , todo tipo de bençãos espirituais, mundo celestial, tudo em Cristo, povo cheio de graça e misericórdia.

.V4 – Escolheu, antes de escolhermos Deus, Ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, tudo em Cristo, Deus tornou Cristo o nosso representante na aliança, para sermos santos. Deus nos elegeu de acordo com seus propósitos, para sermos santos irrepreensíveis

. V5 – Predestinou, ela surge do amor paternal de Deus, segundo o beneplácito de sua vontade, baseado em seu amor.( Rm9:11-13)

V6 – Concedeu , indicando que tudo já tinha sido feito, quando? na eternidade antes da fundação do mundo, Deus Pai decretou, elaborou, predestinou, determinou que as coisas fossem assim, perceba que tudo está no passado.

Deus Pai fez a obra

V. 4 Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;

Ele escolheu antes da fundação do mundo.

Nele, em” Cristo” para sermos santos irrepreensíveis. Esse é o alvo de sua escolha,pois se somos escolhidos em Cristo, não é de nós mesmos,não é algo que merecemos, mas porque nosso Pai celestial nos introduziu, através do privilégio de adoção, no corpo de Cristo.  Deus escolheu de maneira santa. Quando Deus chama seu povo, Ele chama os escolhidos, Ele opera um novo nascimento e em seguida santifica, bendito seja Deus que nos escolheu antes da fundação do mundo.

em amor.… Ele nos predestinou

V. 5 E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,

Qual a diferença entre escolheu e predestinou ?

Escolheu – Deus separou um povo que Ele quis.

Predestinado -Aquele que foi destinado por Deus à glória eterna. Portanto nos predestinou para sermos filhos adotados por Deus. Então você foi escolhido e predestinado para isso, o foto de você ser um ser humano, não quer dizer que é filho de Deus, você é uma criação de Deus. è necessário que haja uma vocação, a predestinação é para sermos filhos de Deus, Os homens somente passam à condição de filhos de Deus quando nascem de novo, ou seja, quando se arrependem de seus pecados e os deixam, creem no Senhor Jesus e O aceitam como Senhor e Salvador. O Mediador entre Deus e homens. segundo o beneplácito de sua vontade.

Entra a pergunta porque Deus criou o mundo assim, porque Deus tem os escolhidos?

Resposta – segundo o beneplácito de sua vontade.

V 6 Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, Efésios 1:1-6

Tudo para o louvor de sua glória. Na glória não haverá mais pecados, este é o motivo da santidade, v.4 (para que fôssemos santos e irrepreensíveis) O plano de Deus , glória eterna.

Implicação – A salvação dos nossos pecados é um grande dom de Deus. Plano de Deus glória, tudo para o louvor de sua glória.

Deus abençoe todos irmãos.