Graça e paz do Senhor Jesus esteja sempre com todos irmãos!

Oração: Pai querido, te glorificamos, te adoramos e que toda honra e louvor seja para ti, Pai te pedimos sabedoria e humildade em nossos corações diante de Ti, sabendo da sua soberania, ensina a respeitar os nossos semelhantes, que o fruto do Espírito cai sobre nós, perdoa-nos de nossos pecados, visita Pai a cada filho em Cristo e abençoe com sua graça, despeja o teu amor e aplica a tua misericórdia sobre todas as famílias carente de Ti. Que teu Reino avance, tua Palavra cresça, nos oramos em nome de Jesus.

Para falar sobre o tema, que causa muita polemica entre os irmãos, será necessário voltar na história da igreja no período dos pais da igreja, por volta do século 4 d.C, surgiu um estudioso britânico chamado Pelágio, onde surgiu o pelagianismo.

Pelágio refutou as doutrinas ensinadas por Agostinho, o bispo de Hipona, a discussão teológica envolvia o modo como Deus opera a sua graça.

Pelágio nega a verdade acerca do pecado original e também não reconhece que a graça de Deus é essencial para salvação.

O pelagianismo basicamente ensina que o homem nasce com condição moralmente neutra, ou seja, sem pecado, assim ele é dotado de livre arbítrio, de modo que é capaz de decidir entre o bem e o mal. O pecado no caso de Adão, só prejudicou a ele mesmo. A condição de Adão antes da queda era sem pecado, neste caso para Pelágio Adão seria um mau exemplo para humanidade poder da vontade humana é decisivo e suficiente na experiência da salvação. Ele afirmava a inocência da alma, como também a absoluta capacidade de escolha tanto moral, quanto espiritual.

Erros doutrinários de Pelágio –

1- Adão foi criado mortal e teria morrido, quer tivesse pecado, quer não;

2 – O pecado de Adão contaminou só a ele e não a raça humana;

3- As crianças recém-nascidas estão naquele estado em que estava Adão antes da queda;

4 – a raça humana inteira nem morre por causa da morte de Adão, nem ressuscita pela ressurreição de Cristo;

5 – A lei, tanto quanto o Evangelho, conduz ao reino dos céus;

6 – Mesmo antes da vinda do Senhor houvera homens sem pecado.

Foi considerado herege pelos os bispos de Roma. O Pelagianismo foi condenado oficialmente pela Igreja antiga nos concílios de Cartago (418 d.C.).

Lutero, Calvino, Knox, Owen, Edwards, Spurgeon e muitos outros cristãos destacados ensinaram que a salvação é uma ação soberana de Deus e que o Livre-Arbítrio não existe. Ligado à doutrina da Depravação Total, a doutrina da Eleição (ou Predestinação) afirma que nosso estado sem Cristo é de depravação total: Ef 2:3; Rm 3:12; Jo 8:34. Foi Agostinho o mais conhecido como um dos primeiros defensores das doutrinas da graça no período da patrística. A discussão sobre o livre arbítrio e predestinação, sendo um homem muito influente .Agostinho, coerentemente com sua primeira afirmação, ou seja, de que todo ser humano é escravo do seu pecado e que o seu livre arbítrio possui uma fonte pecaminosa, morta espiritualmente, afirmava que o homem carece absolutamente da ação graciosa de Deus em todos os seus aspectos para ser salvo, sendo exposta essa posição na doutrina da predestinação. O próprio Agostinho percebeu incoerências em seu sistema doutrinário registrado em sua obra Livre Arbítrio . Decidiu escrever um outro livro que intitulou Graça e Livre Arbítrio .

A igreja católica adotou o semipelagiano dizendo o seguinte: O pecado de fato afetou a raça humana, mais não afetou ao tal ponto de o homem não poder escolher.

Veio a reforma onde surgiu a refutação de Lutero e Erasmo Roterdã sobre livre arbítrio, que era um semipelagiano, onde nasceu a obra de Lutero ” A escravidão da vontade”. servido também de argumentação contra da igreja católica apostólica romana. Para Lutero era impossível conciliar o verdadeiro Evangelho da graça de Deus com a ideia do livre arbítrio, na qual a igreja católica defendia e crida. Lutero foi excomungado e tido como herege, apesar disso foi motivo para Lutero lutou pelo movimento de volta às Escrituras, permitindo melhor o entendimento a respeito desse tema.

É claro que Lutero foi uns dos precursores na luta da reforma, até chegar em Calvino. Na qual assume o pensamento de Lutero e insisti na soberania de Deus, onde todas as coisas e nada acontece se não for conforme sua vontade.

Mais ou menos 50 anos depois de Calvino, surge essa linha , ideias do teólogo holandês Jacó Armínio, surgindo o arminismo, uma linha de pensamento soteriológica (doutrina da salvação) nessa época a linha calvinista já estava na maioria. Arminius não confrontou o Calvino, somente depois de sua morte que seus seguidores pediram revisão sobre esse assunto e entraram com a refutação.

Segue os cincos pontos dessa linha de pensamento do arminismo:

1 – Livre arbítrio – Eles alegavam que o pecado não afetou o homem ao ponto de tirar o livre-arbítrio. Os arminianos dizem que “a natureza humana foi com certeza prejudicada pelo pecado, porém não arruinada totalmente

2 – Predestinação – Era condicional, eles redefiniram como sendo a presciência de Deus. Não só este dogma é blasfemo e antibíblico, como também contraria o terceiro ponto do arminianismo. Ora, se em sua presciência, Deus já sabia quem vai crer e quem não vai crer em Cristo, elegendo os futuros crentes em Cristo para a salvação, bem como predestinando, designando, recusando ou reprovando de antemão os que não crerão em Cristo, como, então, Cristo poderia morrer por aqueles que de antemão Ele próprio havia predestinado, designado, recusado e reprovado para a condenação? Poderia Cristo morrer por aqueles que de antemão sabia que jamais creriam n’Ele? Morreria Cristo em vão? E onde estaria a sua presciência? Justamente por isso, cantamos com a Harpa Cristã a doce melodia da eleição incondicional (que é a eleição da graça): “Fomos nós predestinados, para descrermos em Jesus” (236:3)

3 – Sacrifício de Cristo – Foi por todos os homens e nenhum em particular, ninguém foi salvo na cruz na perspectiva deles. Ele morreu por todos os homens sem exceção, isto é, por cada indivíduo.

4 – Graça de Deus – Ela é resistível, Deus quer salvar toda humanidade. Ex: José não quer ser salvo, Deus deixa José escolher. O arminiano, em seguida, crê que uma vez que Deus quer que todos os homens sejam salvos, ele envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo. Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, ele pode resistir à vontade de Deus em relação a sua própria vida. (A ordem arminiana sustenta que, primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo.

5 – O pecado caiu da graça, Ele pode decidir ser salva e depois não querer mais a salvar, ou seja os crentes são capazes de resistir o pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça. O arminiano, em seguida, crê que uma vez que Deus quer que todos os homens sejam salvos, ele envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo. Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, ele pode resistir à vontade de Deus em relação a sua própria vida.”O homem não pode continuar na salvação, a menos que continue a querer ser salvo.” (A ordem arminiana sustenta que, primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo).

Isso foi apresentado ao estado holandês, na cidade de Dort com mais de 150 teólogos representando o mundo inteiro na época.

O ponto crucial foi de que a dignidade humana requer a liberdade perfeita do arbítrio. Que foi considerado como heresia na sínodo de Dort. O fato é que os Remonstrantes, trouxeram problemas para sua época e atualmente acontece a mesma coisa, ou seja eles causaram divisão dentro da Igreja.

A História realizou seu cumprimento em demonstrar que os Remonstrantes são hereges, agora iremos fazer uma abordagem Teológica com as respostas e os contra pontos :

1 – Depravação Parcial ou Total – A Depravação total, ou seja o arbítrio está prejudicado pela total depravação do homem, ele nunca vai escolher Deus, desta forma tem como objetivo a doutrina do Pecado Original ensinada por Agostinho e demais Teólogos ao longo do Tempo, porém alguns Arminianos afirmam que o ser humano possui o famoso Livre Arbítrio, por isso, irei fazer algumas citações de Vários autores sobre o assunto: Duane : 1.VONTADE LIVRE : O primeiro ponto do arminianismo sustenta que o homem é dotado de vontade livre.

1.1. Os reformadores reconhecem que o homem foi dotado de vontade livre, mas concordam com a tese de Lutero — defendida em sua obra “A Escravidão da Vontade” —, de que o homem não está livre da escravidão a Satanás.

1.2. Arminius acreditava que a queda do homem não foi total, e sustentou que, no homem, restou bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como Salvador. – O livre arbítrio por Causa do Pecado do Primeiro homem perdemos a liberdade que antes existia, sendo assim nos tornamos escravos do Pecado.

O dogma do livre arbítrio – Resultado da queda de Adão no Éden, a Bíblia diz que n’Ele, toda a raça humana está espiritualmente morta (Gn 2:17; Ef 2:1,5; Cl 2:13). Estando espiritualmente mortos, todos os filhos de Adão tendem a refletir a atitude de seu pai, ou seja, fugirem da presença de Deus (Gm 3:8-10) e não se reconhecerem como culpados (pecadores) diante de Deus (Gn 3:11-13), razão pela qual o Espírito Santo têm que convencê-los de seu pecado (Jo 16:7-9). Ora, se houvesse após a queda a capacidade de escolher a Deus por parte do homem espiritualmente morto, certamente Adão procuraria a Deus, e não Deus a Adão! E o resultado da queda de Adão sobre os seus descendentes é que segundo a Bíblia, “viu o SENHOR… que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração ERA SÓ MÁ continuamente” (Gn 6:5 ACF). Embora as Escrituras digam que após a queda no Éden o homem está completamente morto (totalmente depravado) e arruinado.
Não só o dogma do livre arbítrio é falso e blasfemo, mas também contraditório. Ele entra em contradição com o segundo ponto do arminianismo – a eleição condicional. Os arminianos dizem que “desde a fundação do mundo, Deus sabia quem iria crer ou não crer em Cristo. Assim, com base nessa presciência, elegeu os que iriam crer para a salvação, e da mesma forma, predestinou, designou, recusou ou reprovou de antemão [desde a eternidade] os que não iriam crer para a condenação.Com base nisto, perguntamos: Aqueles que, pela presciência de Deus, não crerão em Cristo e que foram de antemão por Deus predestinados, designados e reprovados para a condenação possuem a capacidade de escolherem a Deus? Se Possuem essa capacidade, onde fica, então, a presciência de Deus?

2 – A eleição é incondicional – Deus elege o que Ele quer, não foi baseado em nada da pessoa, e sim Deus elege soberanamente quem Ele quer. Como pecadores não tem direito, então Deus resolve escolher quem Ele quer para salvação. A Bíblia diz que a eterna eleição para a salvação (Ef 1:4) é “a eleição da graça” (Rm 11:5,6), e se “graça” é “favor imerecido”, como ela pode ser condicionada a qualquer futura atitude do homem? Embora a Bíblia diga que a eleição é da graça (isto é, incondicional = At 13:48

3 – Presciência – Deus só pode determinar o que Ele determinou, a história acontece porque Ele criou a história.

4 – O sacrifício de Cristo – o sacrifício é eficaz, Cristo morreu na cruz pelo eleitos, por um grupo eleito antes da fundação do mundo, e que seu sangue foi derramado em favor apenas dos eleitos (1 Pe 1:2). De forma que os que se perdem, Cristo não morreu por eles, o pecado não fora pago por Cristo.

5 – Graça irresistível – Deus vai fazer com que a ” mensagem” eficaz e irresistível chegue no coração daquele que Ele escolheu. A pessoa vai ouvi o Evangelho, nasce de novo, se arrepende dos pecados e aceita Jesus. A Bíblia diz que, dentre a raça humana, apenas alguns são escolhidos para a vida eterna, e que aqueles que foram escolhidos para este fim não resistirão ao chamado interno do Espírito Santo e certamente virão a Cristo (Jo 6:37; 10:14).

No tempo certo Deus vai chamar a humanidade como um todo genuinamente. No meio da pregação Deus vai fazer com que aqueles que Ele escolheu , a Ele se volta para Deus.

O Calvinismo defende a “perseverança dos santos”, enquanto o Arminianismo defende a “salvação condicional”. A “perseverança dos santos” se refere ao conceito de que a pessoa que é eleita por Deus irá perseverar em fé e nunca negará a Cristo ou se desviar Dele. A “salvação condicional” é a visão de que um crente em Cristo pode, por seu livre arbítrio, se desviar de Cristo e, assim, perder a salvação.

O arminismo no mundo evangélico, com a chegada do pentecostal o arminismo já passou o calvinismo.

Finalmente chegamos ao ” Livre Arbítrio”

Esse assunto tem é cercado de muitas polemicas entre o meio religioso, certamente que nunca haverá um consenso a respeito de ” livre arbítrio”.

A palavra arbítrio – Poder, faculdade de decidir, de escolher, de determinar, dependente apenas da vontade; livre-arbítrio. … À vontade de; à mercê de: o réu seguia ao arbítrio da lei. Etimologia (origem da palavra arbítrio). É um juiz, todos nós quando vamos fazer uma escolha, vai entrar a preferência, cor, família, tudo que esta ligado a sua preferência. No caso do homem fica mais claro por conta da corrupção do coração. Chegando a conclusão que homem não é livre por conta do pecado.

Livre arbítrio significado filosófica – possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante.

O que é livre arbítrio? Esta palavra é bem conhecida, porém o seu significado pode ser difícil de interpretar pela maioria das pessoas. Tudo começa bem lá atrás, na época da Reforma Protestante. Depois de ter afixa­do nas portas da catedral de Wittenberg suas 95 teses, Martinho Lutero precisou debater com Erasmo de Roterdã sobre livre-arbítrio. Ele até escreveu um livro muito conhecido intitulado A escravidão da vontade, no qual argumentou contra a Igreja Católica Apostólica Romana e ex­pôs as ideias bíblicas sobre livre-arbítrio. Para Lutero, era impossível conciliar o verdadeiro evangelho da graça de Deus com a ideia de livre-arbítrio pregada e crida na Igreja Católica. Por causa disso, Lutero foi excomungado e tratado como herege, mas, apesar disso, ele abriu as portas para um movimento de retorno às Escrituras, o que permitiu a compreensão desse tema tão importante, à luz da Pa­lavra de Deus.

Popularmente, livre-arbítrio é entendido como a possibilidade do homem de fazer escolhas de forma “livre”, ou seja, o homem pode fazer o que quiser, e isso o tornaria livre de qualquer influ­ência, até mesmo de Deus. É como se o Senhor não tivesse nada a ver com as nossas decisões diárias. Porém, o termo livre-arbítrio sob a óptica da teologia e da filosofia é muito técnico e restrito. Neste estudo o que nos interessa é o livre-arbítrio relacionado à Soberania de Deus na salvação e como deve ser entendido à luz das Escrituras.

Podemos dizer que livre-arbítrio é a capacidade que o homem tem de fazer escolhas que podem ser contrárias ou não à sua natureza. O termo arbítrio diz respeito a julgar, isto é, o homem “teria” a capacidade de avaliar se vai tomar uma decisão contrária à sua natureza ou não, por isso o termo “livre”. Conforme as Escri­tura, nenhum homem tem livre-arbítrio. O único homem que teve livre-arbítrio foi Adão.

É importante entender que o homem foi criado segundo a imagem e seme­lhança de Deus, ou seja, em retidão e perfeita santidade. Deus fez o homem reto, mas ele desobedece e cai no pecado (Ec 7.29; cf. Gn 1.27; 2.7; 3.6; Sl 8.5; Mt 10.28; Rm 2.14-15; Cl 3.10). Quan­do o homem pecou, perdeu a condição de livre sobre sua vontade, perdeu a possibilidade de escolher entre estas duas alternativas: praticar a vontade de Deus ou pecar.

Para entender isso o esquema criado por Agostinho de Hipona sobre a condição do homem antes e depois do pecado é de grande ajuda.

Antes da Queda o homem era: capaz de não pecar

Depois da Queda o homem é: Homem é incapaz de não pecar.

Antes de pecar, o homem poderia obedecer à vontade de Deus e lhe ser agradável por meio da sua própria justiça e santidade. Após a Queda, ele tornou-se incapaz de não pecar.No momento, interessa-nos conhecer que após a Queda, o homem conseguiu o que chamamos de “livre-agência”.

Jonathan Edwards considerou a livre agência como a “faculdade, oportunidade ou vantagem que qualquer um tem de fazer como lhe apraz” (Freedom of the Will, pág. 17).

Assolação do pecado.

A condição espiritual do homem depois do pecado é conhecida como depravação total ou radical.

Primeiro, sobre essa condição, é necessário saber que o pecado de Adão atingiu todos os homens em todas as épocas “… pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”(Rm 3.23), e “… assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).

Adão era o representante da criação diante de Deus; quando ele pecou, toda a criação caiu com ele. É importante entender a extensão do pecado para reconhecer que ninguém está diferente aos seus efeitos, nem mesmo as crianças. Diz o rei Davi: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5; cf. Is 48.8). Após a Queda, todos os seres hu­manos nascem na condição de pecadores.

Segundo, o pecado nos tornou inimigos de Deus. Em sua carta aos Efésios, o apóstolo Paulo diz “… andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3).

Tiago registra que “Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4b; cf. Cl 1.21). A ruptura que o pecado causou na comunhão de Deus com o homem tornou esse último não apenas desobediente, mas também um potencial rival da vontade divina.

Terceiro, o pecado matou o homem, afastando-o de Deus. Em Efésios, lemos: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef 2.1; cf. Gn 2.17). O profeta Isaías disse: “… as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2).

A morte espiritual diz respeito à impos­sibilidade que o homem tem de se voltar para Deus. Há um abismo tão grande en­tre o pecador e o Senhor que é impossível para o homem aproximar-se dele.

Em último lugar, o pecado afetou todas as faculdades do ser humano. Isso signi­fica que não há um pensamento, atitude e palavra que não estejam manchados pelo pecado; e isso é assustador. As Escrituras relatam que “Viu o Senhor que a mal­dade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). Esse retrato não se refere somente à geração do dilúvio. O que o Senhor revela em sua Pa­lavra sobre nossa condição é humilhante:

Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com as suas línguas enganam; veneno de áspide está debaixo dos seus lábios (Sl 5,10; 139,4) a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; des­conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante dos seus olhos” (Rm 3.10-18).Todas as decisões que o ser humano toma estão permeadas de pecado. O ho­mem não consegue agir contra as rédeas que são o legado de sua carne contami­nada. Por isso, dizemos que o homem perdeu o livre-arbítrio, isto é, ele não tem mais a capacidade de arbitrar entre o bem e o mal; mas a condição da sua vontade é de livre-agência.

O que é livre agência? A livre-agência pode ser definida como a capacidade de o homem fazer escolhas somente de acordo com a sua natureza. Se Adão, que foi criado santo e reto, pôde fazer uma escolha contrária à sua natureza boa, depois do pecado, todos os homens agem somente – por isso livre-agência – de acordo com a sua natureza, agora deca­ída. Podemos definir a livre-agência. Podemos dizer:

Que somos agentes livres de acordo com nossa natureza. Em outras palavras, somos plenamente livres dentro dos limites de liberdade que possuímos. Assim, nós escolhemos, decidimos e fazemos. Exemplo:Você tem o direito de escolha, como escolher qual profissão seguir, qual carro comprar, em qual faculdade estudar e dentre outras questões relacionadas a isso.

O livre arbítrio e cristão.

Explica porque o cristão deve nascer de novo, se regenerar, ser uma nova criatura. Somente através do Espírito Santo transforma o coração do homem. A imagem de Deus que foi desfigurada pelo pecado, através da ação do Espírito Santo começa a ser reconstruída. Dia após dia vamos sendo moldados à sua semelhança João 3:5-7

LivreArbítrio, Santo Agostinho define o mal como sendo a ausência de Deus. (Agostinho, 1995, p. 142-3) Essa ausência é decorrência da opção do ser humano por um caminho que o afaste do bem, uma vez que o mal não pode vir de Deus. … Ou seja, se não houvesse o livrearbítrio, não haveria pecado.

A questão é definir livre arbítrio. Conforme disse Lutero, a vontade do homem pecador é escrava do pecado. Somente Adão, antes da queda tinha livre arbítrio. Hoje temos apenas livre agência, ou seja, a capacidade de decidir se vamos morar nesta ou naquela cidade; se vamos estudar nesta ou naquela escola. Não temos, porém, a capacidade de escolher entre o bem e o mal e o poder inerente de praticar o bem. Depois da queda, toda a nossa vontade foi contaminada e afetada pelo pecado. A inclinação do mal está em nosso coração. A não ser que Deus opere em nós o querer o realizar jamais escolheríamos Deus, pois a inclinação do nosso coração é inimizade contra Deus. O homem natural está morto em seus delitos e pecados. Ele é escravo da carne, do mundo e do diabo. Logo, não é o homem quem escolhe a Deus, mas Deus quem escolhe o homem e o atrai para si com cordas de amor. Bendito seja Deus, porque embora, sejamos fracos, ímpios, pecadores e inimigos de Deus, ele nos amou e nos deu seu Filho para morrer em nosso lugar, para nos dar a vida eterna. Oh, amor sublime! Oh, amor eterno! Oh, amor sacrificial! Hernandes Dias Lopes.

Livre – arbítrio – Tanto a filosofia como a religião, descartam de uma vez a idéia de livre abítrio: e eu vou tão long quanto Lutero em sua afirmação, onde ele diz: ” Se algum homem de alguma maneira, atribuir a salvação ao libre abítrio do homem – mesma a íntima parte – nada sobre a graça e não conheceu Jesus corretamente” pode parecer uma declaração severa:Todavia, aquele que em sua alma crê que o homem faz o seu próprio livre arbítrio, volta para Deus, não pode ter sido instruído por Deus, pois esse é um dos primeiros princípios que nos é ensinado quando Deus começa sua obra em nós: Não temos nem ontade e nem poder, posto que Ele concede ambos: Porquanto Ele é o ” Alfa e Ômega ” na salvação do homem. C. H. Spurgeon.

Onisciência de Deus.

Os cristãos sabem da característica onisciência de Deus, tanto os calvinistas como arminianos concordam com relação a onisciência de Deus, deixando claro que todas as coisas foram determinado por Ele, o futuro para Deus já é um fato consumado, deixando claro a ideia do livre arbítrio pleno impossível.

Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso.” Apocalipse 1:8

Portanto irmãos saibam que somos totalmente dependentes de Deus, sabendo que a nossa vontade esta condicionada em plena e exclusivamente a vontade do Pai, o propósito supremo principal de Deus para o homem é glorificar a Deus e goza-lo para sempre. Que seja feita a sua vontade e não a nossa, que tudo seja para honra e glória de Deus em Cristo Jesus. Catecismo Maior de Westminster

Deus Abençoe a cada um!